domingo, 5 de maio de 2013

A marcha da insensatez


E a humanidade continua em sua marcha da insensatez.
As notícias deste domingo sobre o Oriente Médio são mais que preocupantes.
São desesperadoras.
Indicam que as lideranças mundiais abandonaram definitivamente a razão em troca dos mais primitivos instintos de ferocidade - em nome do direito a uma sobrevivência num planeta destruído.
O engajamento de Israel, com o beneplácito dos Estados Unidos, na guerra civil síria, acende o rastilho que pode levar a região a uma terrível explosão de violência - ou a um conflito armado clássico.
A atuação das potências, na escalada dos acontecimentos na Síria, mostra o quanto elas desprezam os próprios organismos que criaram para dar um pouco de ordem na confusão internacional, e, acima de tudo, que a ambição imperialista não se refugiou placidamente nos livros da história, mas continua viva na mente ensandecida desses líderes que se submetem à vontade dos grandes conglomerados capitalistas internacionais.
Culpar apenas Israel pelo desatino é uma injustiça.
O pequeno país não é capaz de agir com a ferocidade que age se não tivesse o respaldo total da maior potência militar do planeta.
E essa não faz planos para dominar toda a região se não contasse com parceiros fieis para seus objetivos sinistros: alemães, franceses, ingleses, italianos, a velha e combalida Europa unida como uma matilha desesperada para abocanhar o que restar da infeliz caça abatida.
A única esperança que existe para que a insensatez seja interrompida é aguardar que os outros atores capazes de influenciar o final desse drama, especialmente o Irã, a China e a Rússia, diante dessa demonstração de insanidade, ajam pensando exclusivamente nas consequências que um passo em falso pode acarretar a todo o mundo.
Não é exagero dizer que as próximas horas serão fundamentais para o destino da humanidade.

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