sábado, 4 de maio de 2013
Minoria é minoria, maioria é maioria
O jornal eletrônico Brasil 247 publicou outro dia um artigo interessante. que dizia, em síntese, que no Brasil de hoje a minoria não se conforma em ser minoria, e quer, de todo jeito, impor seus pontos de vista, apelando, quase sempre, para o tapetão, representado pelo Supremo Tribunal Federal e seus ministros alinhados com a oligarquia, e contando ainda com o suporte de uma mídia inteiramente partidarizada.
Segundo o artigo, em qualquer democracia a vontade da maioria se impõe à da minoria.
Faz parte do jogo, é absolutamente normal.
O papel da minoria é lutar para mudar o cenário desfavorável usando as regras do jogo, e não apelando para elementos de fora - a isso se dá o nome de golpe.
Essas últimas manifestações dos políticos oposicionistas pedindo socorro aos amigos do STF são de doer.
Assim como a interferência dos ultrarreacionários ministros em assuntos que, absolutamente, não são da sua competência.
O ex-presidente Lula, naquela sua linguagem peculiar, instado a dar opinião sobre o assunto, resumiu a questão rapidamente: "Acho que é cada macaco no seu galho."
Para ele a questão é simples assim: cada Poder deve se ater às suas competências, sem se preocupar em ditar os rumos dos outros.
Parece simples.
E é.
O problema é que no Brasil a "turma do contra" ainda carrega no seu íntimo os costumes de um outro tempo, no qual as coisas, quando não corriam bem, eram resolvidas como no mais autêntico faroeste, ou seja, por meio da violência, do bofetão, mesmo que se usasse para isso as chamadas "luvas de pelica", camufladas sob os mais variados aspectos.
Em pleno século 21, com todos os avanços institucionais, sociais e econômicos vividos pelo Brasil nos últimos anos, é inconcebível que ainda exista esse tipo de gente que não se conforma em atuar dentro da lei, em agir conforme a Constituição, em lutar pelos seus princípios de maneira limpa, em se submeter, enfim, à vontade do povo, conforme os mais elementares princípios republicanos.
Em qualquer hipótese, as ações desse pessoal têm de ser, em primeiro lugar, denunciadas. E depois, contidas. Para em seguida, como ocorre em toda nação civilizada, passar pelo julgamento de tribunais adequados.
Pois até o "jus sperneandi" tem seus limites.
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