domingo, 19 de agosto de 2012

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Serra: nem o Ibope é capaz de
animar a sua campanha
(Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr)
A última pesquisa Ibope relativa à eleição municipal de São Paulo, divulgada na quinta-feira, traz notícias ruins para o ex-governador tucano José Serra, que empacou nos 26% das preferências do eleitorado, viu sua rejeição subir para impressionantes 37% e, pior, recebeu a informação de que, num eventual segundo turno disputado entre ele e o candidato do PRB, Celso Russomano, seria derrotado por 42% a 35%.
As boas novas da pesquisa foram reservadas a Russomano, que subiu um ponto percentual e atingiu os 26% de Serra, e para o candidato petista Fernando Haddad, que aumentou em 50% a sua intenção de voto, saindo de 6% e indo para 9%. É importante frisar, porém, que todas essas oscilações estão dentro da margem de erro da pesquisa.
É muito cedo ainda para dizer quem vencerá ou quem passará para o segundo turno. Mas uma coisa parece clara: a candidatura Serra está perdendo fôlego, pelo menos neste momento. Pode ainda se recuperar, com o início da propaganda no rádio e na televisão, mas isso é improvável: afinal, ele é conhecido por 100% dos eleitores e uma superexposição é capaz de atrapalhar ainda mais a sua candidatura.
Celso Russomano também deverá ser prejudicado quando a campanha eletrônica começar: tem tempo muito inferior a Serra e Haddad.
O petista, por ser de todos os candidatos o menos conhecido, tem espaço para crescer. A seu favor conta ainda o fato de que o ex-presidente Lula, seu principal cabo eleitoral, livre das sequelas do tratamento contra o câncer, pode finalmente se engajar a sério na campanha. É um reforço e tanto, capaz de compensar as traições da deputada federal Luiza Erundina (PSB), que aceitou e no dia seguinte renunciou a ser vice na chapa, e da senadora Marta Suplicy (PT), ex-prefeita paulistana, que não se conforma em ter sido preterida para a disputa deste ano.
Erundina e Marta ajudariam bastante para a popularização de Haddad, principalmente entre o eleitorado que hoje tende a votar em Russomano, deputado que ficou conhecido por atuar na defesa do consumidor em programas de televisão. Como tudo indica, porém, que elas optaram por um projeto político individualista e não partidário, o jeito é se virar sem as duas.
O maior problema de Haddad será crescer entre os que dizem que vão votar em Russomano, provavelmente eleitores das classes C e D, de renda menor. O voto desse pessoal não é ideológico, é pragmático e pode ser mudado. Mas para isso Haddad tem de conseguir explicar para eles que Russomano é apenas a outra face de Kassab, um dos piores prefeitos que a capital já teve, e portanto incapaz de levar adiante qualquer projeto profundo de mudança nas péssimas condições de vida da metrópole.
Uma tarefa difícil, mas não impossível.

2 comentários:

  1. Serra, Russomano... quero ir embora!

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  2. PT acima de tudo!!!!
    PT!! PT!! PT!! PT!! PT!! PT!! PT!! PT!! PT!! PT!! PT!! PT!! PT!! PT!! PT!! PT!! PT!! PT!! PT!! PT!! PT!! PT!! PT!! PT!! PT!! PT!! PT!! PT!!

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