terça-feira, 21 de agosto de 2012

O tamanho do pepino


O texto publicado abaixo é da Agência Brasil.
Dá uma dimensão do problema que a greve dos servidores públicos causa para o governo federal - e, por consequência, para todo o país.
Os jornalistas do Estado de São Paulo também estão em campanha salarial. Os patrões não se dispõem, até o momento, nem a repor a inflação.
Os jornalistas vão se contentar, como todos os anos, em fechar o acordo por uma merrequinha de aumento real, algo como 0,1 ponto percentual acima do INPC. Claro que até uma determinada faixa salarial, já que o empresariado é generoso, mas não faz milagres.
Os jornalistas, é bom lembrar, não costumam entrar em greve, pois, ao contrário do funcionalismo público federal, se fizessem isso não só teriam os dias de paralisação descontados como, no fim do movimento, estariam na rua.
A última greve dos jornalistas de São Paulo foi no longínquo ano de 1979.
Os sobreviventes do massacre não têm doces lembranças daqueles dias.

Governo aumenta em 133% despesa com folha 
de pagamento de servidores federais em oito anos 
 Diante da greve generalizada de várias categorias, o governo vê a despesa com a folha de pagamentos dar saltos impressionantes a cada ano. Nos últimos oito anos, o governo aumentou em 133% a despesa com a folha de pagamento dos servidores federais. Dados do Boletim Estatístico de Pessoal do Ministério do Planejamento apontam que as despesas subiram de R$ 64,7 bilhões, em 2003, para R$ 151 bilhões no fim do ano passado. No acumulado do ano, os gastos com pagamento de pessoal somam R$ 182,2 bilhões. As despesas incluem salários de servidores militares e civis que estão na ativa, aposentados e pensionistas. 
Na contramão dos pleitos dos sindicalistas, que reivindicam reestruturação de carreira, o professor da Faculdade de Economia da Fundação Armando Alvares Penteado (Faap), Roberto Macedo, sugere cautela e acende o alerta para o grau de “endividamento” do governo federal. “Essas reivindicações por reestruturação salarial carregam uma série de distorções que fica difícil corrigir como os funcionários querem. Todos querem ganhar mais, mas o governo não tem como conceder isso. Não se pode tratar cada reivindicação isoladamente, afinal, o patrão é o mesmo. Caso o governo atenda todo mundo, vai piorar ainda mais as distorções”, disse.
Macedo defende a posição da presidenta Dilma Rousseff, que tenta segurar aumentos muito impactantes. “Impossível atender todo mundo. O governo não tem todo esse dinheiro, neste momento o caixa está ruim. O reajuste só devia ser o da inflação para tentar normalizar a folha de pagamento. Os salários iniciais já tem começado muito altos”, disse o especialista em economia. 
Segundo o Ministério do Planejamento, todas as reivindicações salariais somam R$ 92 bilhões, metade da folha de pagamento atual. Nesta semana, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, revelou que R$ 14 bilhões é o número inicial para o reajuste de servidores. Mesmo com o “anúncio” do piso, ainda não foi divulgado o teto que o governo está disposto a abrir mão para atender às categorias. Segundo Carvalho, o valor não está definido, porque “muda o tempo todo”. 
Enquanto o entrave não se desenrola, atividades públicas seguem paralisadas pelos país. Servidores da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, agências reguladoras, universidades federais, auditores fiscais da Receita Federal, entre outros, estão em greve e buscam, entre outros pleitos, a melhoria salarial. O Ministério do Planejamento estima que as paralisações atinjam entre 75 mil e 80 mil funcionários públicos. Em contrapartida, para os representantes dos sindicatos em greve, 370 mil servidores cruzaram os braços em todo o país.

3 comentários:

  1. Curioso, muito curioso. Todo aquele que presta concurso público, que não é fácil de conseguir, SABE DO SALARIO E TODAS AS REGRAS DO NOVO EMPREGO. TODAS AS REGRAS SEM TIRAR NENHUMA. Mas, fazem isso que estamos vendo. Não dá. A sociedade está vendo isso como um ato extremamente negativo para esse funcionalismo. Os salários são, em comparação aos da imensa maioria da sociedade, ALTÍSSIMOS. Eles tem que encontrar outras formas de luta. Essa greve esta sendo muito negativamente vista pela sociedade, o que abre a possibilidade de o Governo tomar qualquer atitude, contra os grevistas, e ainda ser aplaudido por esta mesma sociedade. Eles que sabem. A SEMEADURA É LIVRE. A COLHEITA É OBRIGATÓRIA.

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  2. O ultimo reajuste:2009
    proximo reajuste:2013(abaixo das perdas inflacionárias)

    04 anos portanto.

    Somadas às privatizações(sim, privatizações, pois concessoes de exploração de atividades públicas no governo FHC eram taxadas assim)

    PT: um governo Tucano perto de você!

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  3. Greve remunerada é férias. O histórico dessas carreiras citadas tiveram valorização salarial e profissional apartir do Governo Lula, e acéfalos compararem com governos tucanos é brincadeira. Lá não recebiam nada e ainda apanhavam da polícia.
    Flavio

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