segunda-feira, 28 de maio de 2012

Imprensa marrom


Antigamente o jornalismo era exercido por dois tipos de pessoas: quem achava que aquela era uma profissão séria e pelos picaretas, que usavam o ofício para todo tipo de ... picaretagem.
Pesquiso na o termo "imprensa marrom", que sintetiza o jornalismo exercido por esses delinquentes. Encontro no Wikipédia a seguinte definição:
"Imprensa marrom ou Imprensa cor-de-rosa é a forma como podem ser chamados órgãos de imprensa considerados publicamente como sensacionalistas e que busquem alta audiência e vendagem através da divulgação exagerada de fatos e acontecimentos. É o equivalente brasileiro e português do termo yellow journalism. Em todos os casos há transgressão da ética jornalística tradicional.
Poder-se-ia citar vários órgãos tanto da imprensa escrita quanto da falada ou televisiva como veiculadores da assim chamada imprensa marrom. Entretanto estas citações sempre teriam como bojo o viés político daquele que cita, de acordo com a visão que este possui do mundo e da realidade em que vive.
Fato é que, frequentemente, veículos de imprensa divulgam notícias amparados em sua linha editorial ou em suas próprias crenças políticas, econômicas ou sociais, de modo a influenciar aquele que recebe a notícia no sentido de se engajar em sua própria visão de mundo. Cabe àquele que recebe a informação, deste modo, verificar se possível em várias fontes para se inteirar da realidade dos fatos e formar sua própria opinião."
Num outro site, chamado "Mundo Estranho", há o relato da origem do termo:
"Ela [a expressão 'imprensa marrom'] foi inspirada na expressão americana yellow press ("jornalismo amarelo"), que surgiu no final do século XIX a partir da concorrência entre os jornais New York World e The New York Journal. Eles haviam entrado em guerra para ter em suas páginas as aventuras de Yellow Kid, a primeira tira em quadrinhos da história. 
 A disputa nos bastidores foi tão pesada que o amarelo do cobiçado personagem acabou virando sinônimo de publicações sem escrúpulos. Em língua portuguesa, a expressão teve sua cor alterada no Brasil em 1959, quando a redação do jornal carioca Diário da Noite recebeu a informação de que uma revista chamada Escândalo extorquia dinheiro de pessoas fotografadas em situações comprometedoras. 
 O jornalista Alberto Dines, hoje editor do programa de TV Observatório da Imprensa, preparava, para a manchete do dia seguinte, algo como "Imprensa amarela leva cineasta ao suicídio". O chefe de reportagem do Diário, Calazans Fernandes, achou o amarelo uma cor amena demais para o caráter trágico da notícia e sugeriu trocá-la por marrom. "Assim, a expressão ‘imprensa marrom’ originou-se numa denúncia contra a própria imprensa marrom", afirma Dines. Além de criar o novo termo, a manchete do Diário da Noite contribuiu para o fim da criminosa revista Escândalo, fechada logo em seguida."
Fico satisfeito.
Até um site da Editora Abril, a dona e responsável pela revista Veja, sabe o que significa a expressão 'imprensa marrom". Só falta agora as autoridades competentes tomarem as devidas providências para que tal prática seja abolida do país - e aqueles que fizeram dela o seu modo de vida sejam devidamente punidos.

Um comentário: