quarta-feira, 16 de março de 2011

Sacos e sacolas


De uma coisa as empresas não podem ser acusadas: falta de imaginação para aumentar os lucros. Hoje em dia, com essa onda da "sustentabilidade", muitas que até outro dia estavam se lixando para a conservação do ambiente, já arranjaram um jeito de faturar com a boa-fé das pessoas.
É o caso do Carrefour, que acabou com as sacolas de plástico em suas lojas. Isso sem ao menos avisar os fregueses com antecedência. Obrigou todo mundo que vai lá habitualmente a levar suas compras em caixas usadas ou nas sacolas "politicamente corretas" vendidas pelo próprio Carrefour pela módica quantia de R$ 3,90.
Ou seja: a rede francesa fatura dos dois lados, com a enorme economia que está fazendo ao não fornecer mais as sacolinhas aos fregueses, e ao vender, claro que com um gordo lucro, as suas sacolas.
Sou do tempo em que a padaria e o supermercado colocavam as nossas compras em sacos de papel. Nada de saudosismo, mas não entendo por que eles não voltam.
Aliás, não entendo por que o estabelecimento comercial se desobriga de embrulhar o produto que vende, transferindo ao freguês essa responsabilidade.
Ora, se eu preferir carregar o que comprei com a minha sacola, essa é uma escolha minha. Mas não está certo a loja entregar a mercadoria sem embrulhá-la, que é o que o Carrefour está fazendo.
Na verdade, tudo isso se explica pela ganância, pela sede de lucro dessa gente. O Carrefour deve estar passando por maus momentos no Brasil, seu balanço não deve ter sido lá essas coisas, e por isso algum gênio administrativo resolveu transferir a conta para a clientela.
Basta lembrar que o Shopping Butantã, que é dos franceses, passa a cobrar o estacionamento dos clientes já este mês...
E assim, com um total descaso ao consumidor, caminha o capitalismo brasileiro, esse monstro de boca enorme, pernas curtas, barriga imensa e garras poderosas, sempre prontas a destroçar suas vítimas.

4 comentários:

  1. O varejista e atacadista Roldão cobra por cada sacola R$ 0,08 por cada sacola oferecida em suas lojas, são bem maiores e resistentes que as tradicionais que eram oferecidas de graça. Não tenho uma opinião bem formada a respeito das sacolinhas de plásticos.

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  2. Esta onda começou em Jundiaí - onde uma cambada de "políticos" da herança maldita puxou a corda... visite a "maravilhosa" Jundiaí, viva lá por um ano - se suportar - e depois me responda: o inferno existe? Malditos capitalistas selvagens!!!

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  3. é,e eles não vão descontar nos preços dos produtos o que eles cobraram quando embutira nos preços o valor das sacolas

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  4. Amigo... sempre achei que essa guerra contra a sacolinha plástica tinha dedo das grandes redes de supermercado com um único intuito de lucrar mais e mais. E a dona de casa que leve suas compras nas mãos ou compre umas 6 eco-bags para as compras do mês.

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