quinta-feira, 3 de março de 2016

Queda do PIB prova: a Lava Jato é um sucesso!

O IBGE divulgou hoje (3 de março) o resultado da operação Lava Jato em 2015: queda de 3,8% no Produto Interno Bruto, a soma das riquezas do país.

Os sabotadores, os lesas-pátrias, os quinta-colunas, os entreguistas, todos eles devem estar se felicitando neste momento pelo resultado conseguido por meio da "força-tarefa" patrocinada por eles e que, em nome do combate à corrupção, tem arrebentado com empresas da maior importância para a economia do país, exterminado centenas de milhares de empregos e afetado a produção de setores vitais, como o da construção e da petroquímica.

Analistas estimam que os prejuízos à economia do país causados pela Lava Jato chegam a 2 pontos porcentuais do PIB.

Ou seja, a queda de 3,8% poderia ser bem menor, se não fosse a absoluta irresponsabilidade dos promotores, delegados da Polícia Federal e do juiz Moro na condução dos processos da operação.

Durante todo um ano o Brasil viveu um clima de total terror, amplificado pelos meios de comunicação, no qual uma crise política criada por uma oposição incendiária se somou às violações do Estado de Direito promovidas pela turma da Lava Jato.

Como resultado dessa explosiva mistura viu-se um governo federal acuado, coagido a se defender da ameaça de sofrer um golpe de Estado, e a explosão, na sociedade, de manifestações de violência poucas vezes vistas no país, incentivadas por uma mídia que se comporta como um partido político de extrema direita.

Em qualquer país do mundo - a exceção é o Brasil - pune-se o corrupto e o corruptor, mas não a empresa em que eles atuam.

Uma Petrobras, uma Odebrecht, uma Camargo Corrêa, uma OAS, uma Andrade Gutierrez, só para citar algumas das empresas alvejadas pela Lava Jato, são patrimônio do Brasil, chegaram à posição de destaque que ocupam em suas áreas depois de dezenas de anos de muito esforço, de muito trabalho.

Prejudicar da maneira como prejudicaram a economia do país, seja por qual motivo for, é um crime - esse sim que merece ser punido com todo o rigor.

Abaixo, o release do IBGE sobre o PIB de 2015:


Em 2015, PIB cai 3,8% e totaliza R$ 5,9 trilhões

Em relação ao terceiro trimestre, o PIB do quarto trimestre de 2015 caiu 1,4%, levando-se em consideração a série com ajuste sazonal. É a quarta queda consecutiva nesta base de comparação. A Indústria (-1,4%) e os Serviços (-1,4%) tiveram retração, enquanto a Agropecuária registrou expansão (2,9%). Na comparação com o quarto trimestre de 2014, o PIB caiu 5,9%, a maior queda desde o início da série histórica iniciada em 1996, sendo que o valor adicionado a preços básicos caiu 5,0%, e os impostos sobre produtos recuaram 11,0%. A Agropecuária cresceu 0,6%, enquanto a Indústria (-8,0%) e os Serviços (-4,4%) apresentaram queda.

No ano de 2015, o PIB caiu 3,8% em relação a 2014, a maior queda da série histórica iniciada em 1996. A queda do PIB resultou do recuo de 3,3% do valor adicionado a preços básicos e da contração de 7,3% nos impostos sobre produtos. Nessa comparação, a Agropecuária (1,8%) apresentou expansão, e a Indústria (-6,2%) e os Serviços (-2,7%) caíram. Em 2015, o PIB totalizou R$ 5,9 trilhões (valores correntes). O PIB per capita ficou em R$ 28.876 em 2015, com queda de 4,6%, em volume, em relação ao ano anterior.

Na comparação com o 3º trimestre do ano (série com ajuste sazonal), a Indústria (-1,4%) e os Serviços (-1,4%) tiveram retração, enquanto a Agropecuária registrou expansão (2,9%).

Dentre os subsetores que formam a Indústria, a maior queda se deu na extrativa mineral (-6,6%). A indústria de transformação (-2,5%) apresentou resultado negativo pelo quinto trimestre consecutivo. Já a atividade de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (1,7%) e a construção (0,4%) registraram variação positiva.

Nos Serviços, apenas as atividades imobiliárias (0,5%) apresentaram resultado positivo no trimestre. As demais atividades sofreram retração: comércio (-2,6%), administração, saúde e educação pública (-2,0%), transporte, armazenagem e correio (-1,7%), outros serviços (-1,2%), serviços de informação (-0,9%) e intermediação financeira e seguros (-0,2%).

Pela ótica da despesa, a formação bruta de capital fixo registrou o 7º trimestre consecutivo de queda (-4,9%) e a despesa de consumo das famílias (-1,3%) caiu pelo quarto trimestre seguido. A despesa de consumo do governo recuou 2,9%. No setor externo, as exportações de bens e serviços tiveram variação negativa de 0,4%, enquanto que as importações de bens e serviços recuaram 5,9% em relação ao terceiro trimestre de 2015.

Quando comparado a igual período do ano anterior, o PIB sofreu contração de 5,9% no 4º trimestre de 2015, a maior queda desde o início da série histórica iniciada em 1996. Dentre as atividades econômicas, a Agropecuária cresceu 0,6% e a Indústria sofreu queda de 8,0%. Nesse contexto, a indústria de transformação apresentou contração de 12,0%.

A construção e a extrativa mineral também apresentaram redução no volume do valor adicionado: -5,2% e -4,1%, respectivamente. Já a atividade de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana, por sua vez, registrou expansão de 1,4%.

O valor adicionado de Serviços caiu 4,4% na comparação com o mesmo período do ano anterior, com destaque para a contração de 12,4% do comércio (atacadista e varejista) e de 9,0% de transporte, armazenagem e correio. 

Também apresentaram resultados negativos as atividades de outros serviços (-4,4%), serviços de informação (-3,0%), administração, saúde e educação pública (-1,2%) e intermediação financeira e seguros (-0,4%). As atividades imobiliárias apresentaram variação nula.

Todos os componentes da demanda interna apresentaram queda na comparação do quarto trimestre de 2015 contra igual período do ano anterior. 

A formação bruta de capital fixo recuou 18,5%, a despesa de consumo das famílias caiu 6,8% e a despesa de consumo do governo caiu 2,9%. Já no setor externo, as exportações de bens e serviços cresceram 12,6%, enquanto as importações de bens e serviços caíram em 20,1%.

O PIB em 2015 sofreu contração de 3,8% em relação ao ano anterior, a maior da série histórica iniciada em 1996. Em 2014, o PIB havia ficado praticamente estável (+0,1%). Em decorrência desta queda, o PIB per capita alcançou R$ 28.876 (em valores correntes) em 2015, recuando (em termos reais) 4,6% em relação ao ano anterior. Em 2014, o PIB per capita recuou 0,8%.

A queda do PIB resultou do recuo de 3,3% do valor adicionado a preços básicos e da contração de 7,3% nos impostos sobre produtos líquidos de subsídios. O resultado do valor adicionado neste tipo de comparação refletiu o desempenho das três atividades que o compõem: Agropecuária (1,8%), Indústria (-6,2%) e Serviços (-2,7%). O recuo dos impostos reflete, principalmente, a redução, em volume, de 17,1% do Imposto de Importação e de 13,9% do IPI – decorrente, em grande parte, do desempenho negativo da indústria de transformação e das importações de bens e serviços no ano.

A variação em volume do valor adicionado da Agropecuária (1,8%) decorreu, principalmente, do desempenho da agricultura. Alguns produtos da lavoura registraram crescimento de produção: tendo como destaque as culturas de soja (11,9%) e milho (7,3%). Por outro lado, algumas lavouras registraram variação negativa, como, por exemplo, trigo (-13,4%), café (-5,7%) e laranja (-3,9%).

Na Indústria, o destaque positivo foi o desempenho da extrativa mineral, que acumulou crescimento de 4,9% no ano, influenciado tanto pelo aumento da extração de petróleo e gás natural quanto pelo crescimento da extração de minérios ferrosos. As demais atividades industriais registraram queda em volume do valor adicionado. A construção sofreu contração de 7,6%, enquanto que a atividade de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana caiu 1,4%.

A indústria de transformação teve queda (-9,7%), influenciada pela redução, em volume, do valor adicionado da indústria automotiva (incluindo peças e acessórios) e da fabricação de máquinas e equipamentos, aparelhos eletroeletrônicos e equipamentos de informática, alimentos e bebidas, artigos têxteis e do vestuário e produtos de metal.

Dentre as atividades que compõem os Serviços, o comércio sofreu queda de 8,9%, seguido por transporte, armazenagem e correio, que recuou 6,5%, outros serviços (-2,8%) e serviços de informação (-0,3%). A atividade de administração, saúde e educação pública ficou estável (0,0%), enquanto que intermediação financeira e seguros e atividades imobiliárias apresentaram variações positivas de, respectivamente, 0,2% e 0,3%.

Na análise da despesa, destaca-se a contração de 14,1% da formação bruta de capital fixo. Este recuo é justificado, principalmente, pela queda da produção interna e da importação de bens de capital, sendo influenciado ainda pelo desempenho negativo da construção neste período. Em 2014, a formação bruta de capital fixo já havia registrado queda de 4,5%.

A despesa de consumo das famílias caiu 4,0% em relação ao ano anterior (quando havia crescido 1,3%), o que pode ser explicado pela deterioração dos indicadores de inflação, juros, crédito, emprego e renda ao longo de todo o ano de 2015. A despesa de consumo do governo caiu 1,0% – também desacelerando em relação a 2014, quando cresceu 1,2%.

No setor externo, as exportações de bens e serviços cresceram 6,1%, enquanto as importações de bens e serviços tiveram queda de 14,3%. Entre os produtos e serviços da pauta de exportações, os maiores aumentos foram observados em petróleo, soja, produtos siderúrgicos e minério de ferro. Já entre as importações, as maiores quedas foram observadas em máquinas e equipamentos, automóveis, petróleo e derivados, bem como os serviços de transportes e viagens.

A taxa de investimento no ano de 2015 foi de 18,2% do PIB, abaixo do observado no ano anterior (20,2%). A taxa de poupança foi de 14,4% em 2015 (ante 16,2% no ano anterior).

3 comentários:

  1. Se o Judiciário não sabe que vivemos em um mundo capitalista, no qual o Brasil se insere com sua produção de bens e serviços, é preciso que alguém explique pra êles. É preciso que alguém explique o que é Geopolitica, e principalmente que esses prejuizos foram gravíssimos para a Nação. Já dizia o saudoso Joelmir Betting, que nào se acaba com o carrapato, matando a vaca. O Governo precisa ser bem claro, e tomar medidas concretas no sentido de minimizar os prejuizos dessa Operação, ou então que o Judiciário assuma esses prejuizos apertando o cinto e pagando do próprio orçamento. Afinal, são tres poderes independentes, e que cada um assuma a responsabilidade financeira pelo que faz. Dinheiro não nasce em arvore, e todos nós precisamos trabalhar para viver.

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  2. Era essa mesma a estratégia.
    Se tiver interesse, caro Motta, veja o que escrevi em julho de 2015: http://sidnei-quasetudo.blogspot.com.br/2015/07/e-pedra-no-lago-estupido.html
    Abraço,

    Sidnei

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    1. Perfeita e profética a sua análise, Sidnei. Abraço,
      Motta

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