quarta-feira, 27 de maio de 2015

Congresso Nacional é apenas um retrato do país

A Câmara, decidindo o futuro do Brasil: pobre de nós...
(Foto: Wilson Dias/Agência Brasil)
Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados, dizem várias fontes, foi finalmente derrotado, ao ver os dois principais pontos da reforma política que colocou, de afogadilho, em votação ontem, terça-feira, 26 de maio, o chamado "Distritão" e o financiamento empresarial de campanha, serem rejeitados. 

Menos mal que isso tenha ocorrido.

O fato, porém, é insuficiente para mudar a minha opinião sobre esse Congresso, formado pela fina flor do conservadorismo nativo, uma conjunção inimaginável de preconceituosos, analfabetos, reacionários e picaretas de todos os tipos e matizes.


Enganam-se os que acham que agora Cunha e seu bando vão entrar na linha, ou pelo menos diminuir a ânsia com que têm manipulado a pauta de votações ao seus interesses - que, obviamente, não são os da nação.

É bem provável que Cunha e seus amigos procurem agora dar o troco.

Já devem estar planejando alguma ação contra seus adversários. 

Algo que os humilhe, que os castigue.

Eu, por mim, tomei a decisão de simplesmente acompanhar, da forma mais desapaixonada possível, o que se passa em nosso Congresso. 

De certa forma, joguei a toalha.

Afinal, esses congressistas não representam o brasileiro médio?

Essa extraordinária conjunção de reaças não foi eleita democraticamente?

Portanto, quem pariu Mateus que o embale.

Se as pessoas querem um Brasil medieval, que façam bom uso dele.

Acho que nunca chegaremos ao tal Primeiro Mundo, à civilização.

Somos uma nação de ignorantes, analfabetos - em todos os sentidos -, completos idiotas que se deixam levar pela mais tosca propaganda e pela mais ridícula manipulação.

Não é à toa que esses bandidos que se dizem pastores, bispos ou missionários, estão milionários.

Não é à toa que têm uma das mais expressivas bancadas do Congresso.

Não é à toa que se permite que o Judiciário e esse monstro chamado Ministério Público zombem de todos nós, façam o que bem entendem, sem nunca serem incomodados, sequer criticados, por ninguém.

Não é à toa que a imprensa seja esse lixo que é, com as redações tomadas pelo mau-caratismo e pelo puxa-saquismo explícitos.

O Brasil que eu sonhei - fraterno, justo, rico, poderoso - não passa de uma utopia. 

Por causa, fundamentalmente, do brasileiro, que salvo exceções, é um perfeito imbecil.

4 comentários:

  1. Motta, também compartilho da mesma opinião e me sinto muito triste e cansando com tudo isto. Grande abraço!

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  2. concordo com tudo isso mas jogar a toalha tb não é solução, façamos pelo menos que esse sonho se torne um pouco mais real e que esses malditos não estraguem de vez o brasil.

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  3. O cenário realmente às vezes desanima e nos induz a esta análise sobre o Congresso. Creio porém que não se deve jogar a toalha embora a tentação seja grande em meio a tanta desilusão. Acredito que a sociedade civil deve se organizar. Comecemos pela associação de bairro, círculo de pais e mestres, etc. até a massa crítica seja atingida e as pessoas tenham mais visão do que realmente acontece e assim possam evitar a manipulação!

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  4. Esse congresso cruzamento de Cruz Credo com Deus me livre, não demora vai ter o que merece.Quem brinca com fogo faz pipi na cama. Aguarde.

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