A Rede Globo de Televisão comemora, com pompa, seus 50 anos de existência.
O oba-oba se estende ao carro-chefe do jornalismo da emissora, o Jornal Nacional.
Leio que as matérias sobre o assunto são parciais, mentirosas até, como uma tentativa de reescrever a história.
Se for isso mesmo, o JN mantém a sua coerência - afinal, desde quando praticou jornalismo de verdade, esse que ouve os dois lados de uma história, que dá espaço ao contraditório, que busca se aproximar, o máximo possível, da realidade factual?
Se a gente for ver, não é só o JN que divulga diariamente a sua visão particular do mundo, segundo a conveniência dos manda-chuvas da emissora.
Toda a programação da Globo segue essa linha, a começar pelo carioquismo explícito pelo sotaque de suas principais atrações.
E que continua pela cor da pele da maioria dos astros, sempre brancos, e se possível loiros.
Não vejo a Globo e televisão aberta há muitos anos.
Mas só as raras zapeadas que dou são suficiente para observar que nada mudou na emissora.
O tal "padrão Globo de qualidade" continua o mesmo - uma porcaria.
Lembro de algumas novelas das quais vi alguns capítulos - lá se vão, no mínimo, uns 20 anos.
E de alguns segundos, por mera curiosidade, das mais novas.
Uma pobreza só, do texto à interpretação, da cenografia à direção.
Em 90% do tempo, plano e contraplano, ou seja, a alternância entre um ator e outro, coisa de quando o cinema era mudo.
O tal sucesso da dramaturgia da Globo no exterior se deve muito mais a essa miséria artística, visando agradar a um público acostumado ao lixo cultural, do que a qualquer outra coisa.
As raras produções da Globo com algum valor artístico sempre foram - e são - relegadas a um conveniente horário tardio, para que não afugente os telespectadores habituais.
E, por falar em audiência, ela está se esvaindo numa velocidade que aumenta à medida em que a internet se consolida e se amplia no Brasil.
Pelo andar da carruagem, a menos que a toda poderosa dê um jeito de botar no Palácio do Planalto um governo inteiramente sujeito às suas variadas e imensas demandas, vai ser muito difícil de ela comemorar, tão efusivamente, seus próximos aniversários.
No dia que tiraram Chico Anisio da programação, comentei com minha mulher: é muita burrice. Ta mal das pernas.
ResponderExcluirNão vejo essa merda faz é tempo!
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