Eleição vai, eleição vem, e a tal "terceira via" ressurge, prometendo mudar tudo isso que está aí, como uma panaceia para os males seculares do país.
Mas o que é essa terceira via redentora da política, salvadora da moral e dos bons costumes da vida pública?
No caso explícito de Marina Silva é nada mais, nada menos que um embolorado conteúdo convenientemente embalado num verdíssimo papel reciclado, última moda entre tantas outras que alimentam esta nossa vasta sociedade capitalista consumista.
Estranha essa terceira via, que agrupa destacados elementos da tenebrosa via que exterminou dezenas de milhões de empregos no mundo todo e que encaminhou o planeta na pior crise econômica jamais vivida.
Estranha essa terceira via que abusa das práticas mais detestáveis da criminosa via que jogou na sarjeta a reputação da atividade política no Brasil.
Estranha essa terceira via que junta sob sua orientação ideologias tão contrárias como ambientalistas e empresários do agronegócio, socialistas e banqueiros, "sonháticos" e operadores do mercado financeiro.
Estranha essa terceira via que destaca em seu quadro dirigente representantes da oligarquia responsável por consagrar o Brasil como um dos campeões mundiais da desigualdade social.
Estranha, muito estranha essa terceira via.
Tão estranha que começa a contar com a simpatia de todos os que apoiavam, até outro dia, aquela via que queria reduzir o Brasil a uma imensa senzala controlada por uma luxuosa casa grande.
Que campanha eleitoral furreca. Enquanto Dilma trabalha, os papofurados profissionais repetem seus mantras de camelodromo. A nova politica é blablabla e muita cara de pau.
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