sábado, 23 de agosto de 2014

A mediocridade de Alckmin é a chave de seu sucesso

Alckmin representa com perfeição o paulista conservador
(Foto: Marcelo Pinheiro/Alckmin 45)
Além da incrível capacidade de se manter invisível em qualquer circunstância que possa comprometê-lo, o governador paulista, Geraldo Alckmin, tem outra "qualidade" que talvez explique o fato de ser tão querido pelos seus concidadãos, que, de acordo com as últimas pesquisas eleitorais, vão reelegê-lo com facilidade: ele é de uma mediocridade inconcebível.
Alckmin é péssimo orador, não tem nenhum carisma pessoal, sua administração parece uma geleia insossa, sob o seu governo o Estado regrediu em quase todas as áreas - segurança pública, saúde, educação, transportes, habitação -, ao ponto de estar à beira de uma tragédia de proporções inimagináveis causada pela falta d'água.
Apesar de tudo, porém, muita gente diz que gosta de Alckmin - ou que não se importa de ele conduzir tão mal os negócios paulistas.
É como se a soma de seus defeitos se transformasse em virtude.
E talvez seja isso mesmo o que ocorra.

Alckmin é tão medíocre que se torna simpático ao eleitor paulista - ele mesmo tanto ou mais medíocre que o chefe do Executivo.
São Paulo é um Estado de população majoritariamente conservadora, que faz questão de se assumir como tal.
Até pouco tempo atrás, Paulo Maluf era o grande ídolo de boa parte dos paulistas, que também adoram José Serra e Gilberto Kassab,entre outros expoentes da desinteligência nacional.
As manifestações de preconceito nas redes sociais por parte dos paulistas contra negros, nordestinos, pobres em geral e petistas - que assumiram o lugar dos comunistas no imaginário dessa gente como representantes do mal absoluto - não param de crescer.
Alckmin se dá muito bem nesse caldeirão de reacionarismo, ignorância e falta de civilidade.
Para o cidadão classe média que se informa pela Globo, Folha, Estadão e Veja, ou seja, tem uma visão inteiramente parcial do mundo, Alckmin é um político perfeitamente digerível, que também, nas poucas vezes em que expõe sua ideologia, se mostra contra os petistas, contra os "bandidos" - geralmente pretos e pobres -, contra a "bagunça" dos sindicalistas e movimentos sociais, inteiramente a favor do status quo, dos valores defendidos com unhas e dentes pela classe média.
Não tem mais água em São Paulo?
Alckmin não tem nada a ver com isso, a culpa é da natureza, e ele até dá desconto na tarifa para quem economizar o líquido...
Foram roubados bilhões de reais do metrô?
Ora, provavelmente isso é uma invenção dos petistas...
A segurança pública piorou?
Bem, isso é porque o governo federal não cuida de proteger as fronteiras e deixa entrar armas e drogas...
A educação e a saúde estão uma porcaria?
Ah, isso é porque o governo federal não faz a sua parte...
E por aí vai.
Diz a sabedoria popular que cada povo tem o governo que merece.
No caso de São Paulo, a afirmação não poderia ser mais verdadeira.
O paulista olha no espelho e ali está Alckmin, com aquela expressão neutra, sem emoção - um chuchu. 

3 comentários:

  1. O sucesso de Alckmin, o esponja da cantareira, reforça a famosa frase: "São Paulo não pode parar". Nem que seja de marcha a ré com o radiador fervendo.

    ResponderExcluir
  2. Aqui no Distrito Federal o Roriz implantou o programa pão e leite, cesta básica, vale gás, auxilio construção, restaurante de 1,00 real para mendigos etc. Ele é adorado como um deus!. Talvez aí em São Paulo ele distribui benesses tb?

    ResponderExcluir
  3. Retrato de um estado que FALIU! me refiro a São Paulo. depois o povo não sabe por que sofre. se informando pelo que há de PIOR na imprensa,até eu fico deformado!

    ResponderExcluir