domingo, 29 de dezembro de 2013

As vendas de Natal, os jornalões e a patetice

O pobre coitado que procura se informar da sua realidade mais distante por meio dos nossos jornalões ficou sabendo que este foi o pior Natal para os comerciantes desde a descoberta do Brasil.
Acontece que esse mesmo parvo deve ter saído de casa nestes dias, deve ter levado a patroa e os filhos para comer, deu uma volta nos shoppings, até mesmo conversou com os colegas de trabalho e, muito provavelmente, ficou sabendo, por intermédio da observação direta ou pelas informações de terceiros, que o movimento no comércio neste fim de ano foi muito, mas muito grande mesmo.
Aí, bateu uma dúvida nesse nosso estulto personagem: quem está certo, os jornalões, que existem para nos dizer o que anda acontecendo no mundo, ou o que os seus olhos, seus ouvidos, seus sentidos, enfim, mostraram?

Bem, se esse indivíduo não fosse um pateta completo, ele procuraria acabar com essa incerteza consultando alguma outra fonte mais confiável que o noticiário dos jornalões ou seus próprios sentidos - e a conversa dos colegas.
Muita gente faz isso.
Pesquisa na internet, dá um google, como se diz.
E acaba achando o que quer.
No caso em questão, bastaria ler esse artiguete do jornalista Luis Nassif, que explica, tintim por tintim, as asneiras contidas no noticiário de Folha e Estadão - para não citar outros do mesmo quilate - sobre as vendas natalinas.
Mas há no mundo uma legião de toleirões, otários, pacóvios e pascácios - ou seja lá que nome se dê a eles - que são incapazes sequer de fazer as pequeninas células cinzentas do cérebro - como diria o imortal inspetor Hercule Poirot - funcionar.
E esses papalvos acabam mesmo acreditando em tudo o que leem!
E os nossos jornalões, espertamente talvez, talvez até por não terem outra opção, sobrevivem à custa da palermice que infesta certos estratos sociais.
Eles vão longe, têm um futuro brilhante...


3 comentários:

  1. Você acredita que na manhã de ontem tinha um exemplar fechadinho da Folha no quintal do meu vizinho? e ele nunca assinou nada...

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    1. Amostra grátis, que serve para eles mentirem sobre a circulação e assim arranjar anúncios.

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  2. O PIG e boa parte da imprensa empresarial mundial não passa da versão
    atualizada da caverna de platão. Todavia JORNALISMO como tem que ser
    é para poucos, como este blog e o pessoal dos blogs "progressistas".

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