Um trecho da chamada ciclovia da Eliseu de Almeida, que vai do Shopping Butantã até a estação Butantã de metrô, na capital paulista, está praticamente pronto desde a semana passada.
A obra era uma reivindicação antiga de entidades e moradores do bairro. Há várias pichações em muros perguntando "Kassab, cadê a ciclovia?"
O projeto prevê a extensão da ciclovia até o município vizinho de Taboão da Serra.
Não vai resolver o problema da região, mas tornará o tráfego das bicicletas muito mais seguro que hoje - a avenida Eliseu de Almeida está com trânsito pesadíssimo, leito totalmente irregular, e, como se sabe, o motorista paulistano é um delinquente contumaz do Código de Trânsito Brasileiro.
Essa é uma boa notícia para a cidade.
O governo Fernando Haddad, em menos de um ano, resolveu um problema que se arrastava havia mais de uma década, fez uma obra que pode beneficiar milhares de pessoas.
Os jornalões não deram uma linha sobre o assunto.
Mas deles não se pode esperar nada mesmo.
Não falar da Prefeitura de São Paulo e, se falar, meter o pau, é a missão da imprensa oligárquica, que há muito abandonou o jornalismo em troca da luta política-partidária.
O assustador nessa história é a atuação do sistema de comunicação da prefeitura.
Muita gente que apoiou e apoia o prefeito Fernando Haddad vem abordando esse assunto, de que ele está perdendo a batalha política por causa, principalmente, do desastre que é o seu setor de comunicação.
Há quem argumente que essa fraqueza é típica dos governos de esquerda, que os governos de Marta Suplicy e Luiza Erundina tiveram o mesmo problema, assim como, em nível mais amplo, os governos Lula e Dilma.
É verdade.
É incompreensível, porém, que, depois de levar tantas porradas, ter tantas péssimas experiências com os jornalões, o PT e seus aliados ainda insistam em adotar, em suas administrações, essa forma superada, antiga, de se comunicar com a população e não seja capaz de inovar, de adotar alguma fórmula inovadora no setor.
Haddad, em vista das circunstâncias, fez neste ano um bom governo.
Mas até uma medida espetacular como o desbaratamento da máfia dos imóveis acabou se tornando uma notícia negativa!
Não há desculpas para o fracasso de sua política de comunicação.
É preciso trocar tudo, começar do zero.
Ele ainda pode se salvar.
Deve, todavia, ouvir o conselho do velho Chacrinha, que dizia, em meio aos bacalhaus que jogava para a plateia, que quem não se comunica, se estrumbica.
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