sábado, 2 de novembro de 2013

Dilma dá ordens à sua tropa para acelerar a marcha

Dilma reuniu parte da tropa em pleno
sábado: seus oficiais estão indo muito devagar
(Foto: Fábio Rodrigues Pozzedom/ABr)

A presidenta Dilma Rousseff, tudo indica, não anda satisfeita com os seus ministros. A reunião ministerial em pleno sábado é sintomática. Bem que o porta-voz da Presidência, Thomas Traumman, tentou pôr panos quentes na situação, dizendo aos jornalistas que a a presidenta pretende fazer semanalmente reuniões sobre áreas específicas do governo - neste sábado ela distribuiu broncas para os ministros das áreas sociais e de infraestrutura. Os próximos encontros, disse Traumman, tratarão de eventos esportivos e agricultura. Ela pretende ainda promover uma nova reunião sobre infraestrutura.

Segundo a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, a presidenta fez um balanço detalhado das ações nas áreas social e de infraestrutura e perguntou sobre o andamento e as condições dos programas. A ministra disse ainda que o encontro serviu como uma prestação de contas. 
“Temos agenda de entrega de várias obras que vão ser executadas principalmente neste final de ano. É uma prestação de contas à população. Afinal, a presidenta lançou uma série de programas, fez compromissos e está na hora de o governo fazer as entregas. Um governo é eleito, organiza seus programas, faz um compromisso com a população e tem de prestar contas. Estamos em um momento de prestação de contas e de entrega”, disse Gleisi.
Entre as ações consideradas prioritárias na área social, a ministra citou a construção de unidades básicas de Saúde, o Programa Mais Médicos, a construção de creches e o  Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego (Pronatec), programa de qualificação profissional. Na área de infraestrutura, Gleisi mencionou a concessão de rodovias e aeroportos e a entrega de unidades habitacionais do Programa Minha Casa, Minha Vida.
De acordo com a ministra da Casa Civil, com base nas informações dos ministros, o governo elaborará um cronograma de conclusão de obras e apresentação de resultados de ações sociais. “As agendas vão ser organizadas de acordo com as entregas. Isso [o cronograma] vai ser divulgado em um momento futuro”, explicou.
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo negou que a reunião tenha resultado em mudança de estratégia do governo. “A presidenta não mudou nada do que tem de planejado. Ela só quer que as coisas aconteçam e está preocupada com os resultados. Ela perguntou especificamente de determinados programas, como o Mais Médicos. O encontro foi nessa linha”, relatou.
Estranho que o casal 20 tenha se referido com tanta ênfase sobre o Mais Médicos, programa que começou a andar depois de ter enfrentado uma guerra deflagrada pelas entidades médicas corporativas, numa das maiores baixarias já vistas no país.
O programa já é uma realidade e embora ainda esteja seu início, cativou a população assistida. Nos próximos meses deverá se estender a muitas outras regiões sem nenhuma assistência médica - regiões ignoradas pelos nossos valorosos "doutores", que se dizem tão preocupados com a saúde pública brasileira. 
Poderá ser uma das principais vitrines eleitorais para a campanhas de reeleição de Dilma e do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, para o governo de São Paulo. Gleisi também pretende governar o Paraná. Pena que tanto ela quanto o seu marido, Paulo Bernardo, não tenham muito o que mostrar para a presidenta.

Mais médicos

Mais 3 mil cubanos chegam ao Brasil a partir de segunda-feira (4) para participar do Mais Médicos. Os profissionais, que vão desembarcar em quatro capitais (Brasília, São Paulo, Fortaleza e Belo Horizonte), ocuparão vagas ociosas da segunda etapa do programa, não preenchidas por candidatos brasileiros e demais estrangeiros. De acordo com o Ministério da Saúde, o primeiro grupo, formado por 2,6 mil médicos, chega ao país até 10 de novembro. Os 400 restantes, na semana seguinte.
A exemplo do que ocorreu com os profissionais que estão no Brasil, inicialmente eles vão cursar o módulo de acolhimento e avaliação do programa nas capitais dos Estados onde devem atuar. A etapa terá início para o primeiro grupo (os 2,6 mil médicos) em 12 de novembro. Serão 1.872 profissionais em Brasília (DF), 300 em São Paulo (SP), 236 em Fortaleza (CE) e 192 em Belo Horizonte (MG). Mais 400 médicos chegarão a Vitória (ES) a partir de 11 de novembro e farão o curso em Guarapari, entre 18 de novembro e 4 de dezembro.
A aprovação nesta etapa é condição para todos os estrangeiros participantes do programa receberem o registro profissional provisório que lhes permite atender a população nas unidades básicas de Saúde. Após as três semanas de avaliação, os profissionais ficam em treinamento por mais uma semana nos Estados onde trabalharão. No período, eles estudam as doenças mais comuns da região e conhecem a estrutura hospitalar e de emergência da rede pública.
Segundo o ministério, a previsão é que o novo grupo de cubanos comece a fazer os atendimentos nos municípios em dezembro. Os profissionais cubanos participam do Mais Médicos por meio de um termo de cooperação firmado entre o Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana da Saúde em agosto de 2013.
Com a chegada de mais esse grupo, o programa fechará 2013 com mais de 6.600 profissionais, ampliando a cobertura para 22,7 milhões de pessoas. A meta do governo federal é atender a demanda por 12.996 médicos até março de 2014. Novas seleções serão abertas em 2013. 
Atualmente, 3.664 profissionais participam do Mais Médicos, sendo 819 brasileiros e 2.845 estrangeiros. Eles atendem à população de 1.098 municípios e 19 distritos indígenas, a maioria no Norte e no Nordeste. Os profissionais recebem bolsa de R$ 10 mil por mês e ajuda de custo, pagos pelo Ministério da Saúde. Os municípios são responsáveis por garantir alimentação e moradia.
Sancionada pela presidenta Dilma Rousseff em outubro, a Lei do Mais Médicos transferiu para o Ministério da Saúde a competência pela emissão dos registros dos profissionais estrangeiros e brasileiros formados no exterior. A responsabilidade sobre a fiscalização da atuação dos médicos foi mantida com os conselhos regionais de Medicina. O documento foi concedido a 1.949 médicos estrangeiros participantes do programa nas últimas duas semanas e, neste sábado, foi publicada portaria no Diário Oficial da União para emissão do documento para mais 565 profissionais, distribuídos em 336 municípios e seis distritos indígenas. Outros nomes serão publicados na próxima semana.
Lançado em 8 de julho, por meio de medida provisória, o Mais Médicos faz parte dos esforços do governo federal para melhoria do atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), com objetivo de acelerar os investimentos em infraestrutura nos hospitais e unidades de saúde e ampliar o número de médicos nas regiões carentes do país. (Informações da Agência Brasil)



2 comentários:

  1. O grande pavor da oposição está se consolidando: o sucesso do Mais Médicos (e até onde sei iniciativas semelhantes deram muito certo em vários países) poderá levar o prestígio do governo a patamares difíceis de alcançar, devendo provocar uma pororoca de votos. Isso sem citar outros fatos que diariamente são divulgados, como desempenho econômico do País, os resultados do Bolsa Família etc.

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  2. O grande pavor da oposição está se consolidando: o sucesso do Mais Médicos poderá levar o prestígio do governo a patamares difíceis de alcançar, o que deverá provocar uma pororoca de votos. A gritaria e os insultos do PSDB e outros não chegam à camada população que vem sendo beneficiada nos últimos anos pelos programas sociais e o desempenho econômico do País.

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