quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Os EUA só temem um ataque: aos seus cofres


Os vira-latas de sempre criticam a decisão da presidente Dilma de adiar a viagem que faria em outubro aos Estados Unidos, onde seria recebida com status de chefe de Estado, o mais alto do rito diplomático. 
O comunicado oficial diz que a decisão foi conjunta, mas todos sabem que isso não é verdade. 
O presidente Barack Obama telefonou para a colega brasileira um dia antes do anúncio da medida e deve ter sido na conversa que tiveram que Dilma o avisou que, sorry, mas não dava para jantar na Casa Branca enquanto os americanos não se desculpassem por espionar o Brasil - e pusessem fim a essa prática ignominiosa.

O lenga-lenga dos vira-latas é nitidamente pautado por Washington: o Brasil tem muito a perder se a relação com os Estados Unidos - comercial, principalmente - esfriar.
Bobagem.
O maior parceiro comercial do Brasil hoje não é mais os Estados Unidos e sim a China, que compra vorazmente as principais commodities produzidas pelo país. 
Os Estados Unidos vêm em segundo lugar na lista dos importadores de produtos brasileiros.
São um mercado importantíssimo - mas menos que antes, devido à política de diversificação comercial adotada pelos governos Lula e seguido pelo de Dilma.
A visita de Dilma aos Estados Unidos não teria quase nenhum impacto comercial.
Quem determina os investimentos num ou noutro país são as condições práticas, de mercado, analisadas pelas grandes corporações.
A alemã Audi, por exemplo, anunciou nesta terça-feira que pretende investir cerca de meio bilhão de reais na construção de uma fábrica no Brasil, que servirá para montar carros destinados ao mercado interno e à exportação. 
Não é Obama que mandará os americanos virem ao Brasil, e sim a necessidade das empresas americanas disputarem o vasto mercado brasileiro e sul-americano.
Objetivamente, neste momento, quem tem mais a perder com essa história toda da espionagem são os americanos.
A Boeing havia virado o jogo na bilionária concorrência para fornecimento de 36 caças para a FAB.
Agora, provavelmente, ficará fora da disputa.
As petroleiras americanas também estão ansiosas para participar do primeiro leilão de petróleo da camada de pré-sal, em outubro.
Devem agora estar com um pé atrás, desconfiadas se terão sucesso.
Nossos "amigos" do norte são ótimos negociantes.
E como todos os empresários, detestam que mexam em seus bolsos.
Não será surpresa se a poderosa classe empresarial americana "aconselhar" o governo a tratar melhor o Brasil e deixar de lado essa prática de espionar seus cidadãos - incluindo a própria presidente.



Um comentário:

  1. ... e quase todos segue ávidos com os olhos voltados para os emergentes!

    té mais

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