quinta-feira, 25 de abril de 2013
Um velho filme volta ao cartaz
Cada vez fica mais clara a estratégia da turma do contra de reaver o comando do Palácio do Planalto. A intensa movimentação nesses últimos dias dos candidatos oposicionistas - Aécio Neves, Marina Silva e Eduardo Campos - e dos meios de comunicação controlados pelo oligopólio oligárquico, com suas peças publicitárias que mostram o Brasil como a mais infeliz nação entre todas, não deixa mais dúvida que a campanha presidencial já começou.
De um lado, os três presidenciáveis cumprem uma agenda que tem por objetivo tão somente disparar petardo contra Dilma e o PT.
Criticam todas as medidas do governo, sem exceção.
Escancaram a torcida pelo "quanto pior, melhor".
E, por absoluta incapacidade, pouco propõem, além do "é possível fazer mais" - claro que sempre é.
Por trás dessa movimentação, tentam desesperadamente reunir forças para dispor de mais tempo na televisão, juntando partidos nanicos ou simplesmente, como no caso de Marina, se esforçando para montar uma agremiação.
Contra isso, o Planalto agiu rapidamente e conseguiu aprovar na Câmara projeto que inibe a formação de novos partidos.
Se a proposta for aprovada no Senado, praticamente torna inviáveis as manobras eleitorais da turma do contra, pois ela tira das novas agremiações o amplo acesso ao fundo partidário e à propaganda eleitoral gratuita.
Já com relação ao outro lado da turma do contra, aquele que promove o bombardeio incessante de notícias que visam alarmar a população e arrasar o seu moral, tachar o governo de incompetente, e fazer o lobby de banqueiros, rentistas, especuladores e aproveitadores em geral, o governo se mostra inerte, nada faz, em nome de uma "liberdade de imprensa" que beneficia apenas os donos do poder econômico, esses que dividiram o Brasil em duas castas, a da Casa Grande e a da Senzala.
Pior, o governo patrocina essa gente, por meio de generosas verbas publicitárias, se esquecendo que o rádio e a televisão são concessões públicas, que obrigam seus operadores a cumprir determinadas funções.sociais.
No meio dessas duas grandes legiões agem outros destacamentos, menores em quantidade, mas não menos importantes.
Há os grandes empresários, do campo e da cidade, os banqueiros, que agem sub-repticiamente, em público apoiando as ações governamentais, mas, nas sombras, fazendo o possível para que não deem certo.
Existem também, não podemos esquecer deles, os agentes da Justiça, esse itimorato poder com seus ilibados agentes, de nomes comuns como Joaquim, Gilmar, Luiz, Celso, Marco...
E, num limbo entre tantas instituições que deveriam ser mais republicanas que a república, há o Ministério Público, o defensor do cidadão comum, do homem simples, que tem se convertido, lamentavelmente, em promotor de interesses nada comuns e muito menos simples.
Os personagens para o grande retrocesso são esses.
O roteiro é por demais conhecido.
Agora é só esperar para ver como o distinto público se comportará e meio à projeção desse velho filme.
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