O STF em seu estafante trabalho: luzes, câmera, ação (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr) |
O julgamento do tal mensalão pelo Supremo Tribunal Federal é um bom exemplo do que estou falando. O comportamento de certos ministros beira o ridículo, tal a ânsia que têm de aproveitar a oportunidade para brilhar sob os holofotes, dar seus pitacos sobre qualquer assunto, atropelar a sobriedade que o cargo impõe, tudo isso para mostrar à massa ignara como eles são sábios, como aquela capinha preta cai bem sobre os seus ombros.
Não tem um dia que algum desses sujeitos não esteja dando uma entrevista para alguma rádio, emissora de televisão ou para os jornalões.
Não tem um dia que não se leia alguma notícia de "bastidor" antecipando o voto dos preclaros ou alguma outra fofoca qualquer do cotidiano desse fastidioso, entediante e irrelevante julgamento.
Dá a impressão de que esses notáveis vivem mesmo em outro universo, anos-luz distante do Brasil contemporâneo, esse que tenta, desesperadamente, superar desigualdades econômicos e sociais seculares.
É de doer ler o relator do processo afirmar que o julgamento "marcará a ruptura de um modelo de corrupção neste país".
Será possível que uma pessoa que chegou ao ponto mais alto de sua carreira profissional seja assim tão ingênua?
Ou ele fala uma bobagem dessas porque realmente acredita nela?
Incrível...
Faria melhor o Supremo e seus ministros pomposos se dedicassem todo o seu esforço para acelerar o julgamento de processos que realmente importam à sociedade brasileira e não paralisassem o trabalho do tribunal com esse desfile de vaidades em que se transformou o caso do tal mensalão.
Diga-me qual o mérito desse Joaquim Barbosa para ser Ministro, além do fato de pertencer a uma minoria discrimanda e receber a ajuda do Lula?
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