Brizola volta do exílio para assustar a "elite": o medo permanece até hoje |
Brizola, porém, não incomodava só o Estadão. Era detestado por praticamente toda a "elite" brasileira, que tem até hoje nessa imprensa provinciana a máxima expressão de seus sentimentos. As poderosas organizações Globo, por exemplo, viam em Brizola a representação de todo o mal que existe no Universo e simplesmente o tratavam como se deve tratar o demônio, exorcizando-o do corpo infestado.
Ontem, o nome Brizola voltou às manchetes dos jornalões. Seu neto, o deputado federal Carlos Daudt Brizola, mais conhecido como Brizola Neto, foi escolhido pela presidente Dilma Rousseff para ser o seu ministro do Trabalho. Ele tem apenas 33 anos, edita um blog que é referência entre a esquerda nativa, o Tijolaço, remetendo aos textos que Leonel Brizola mandava publicar com esse título em jornais cariocas para se contrapor à campanha incessante que O Globo movia contra ele e, tudo indica, pode fazer um bom trabalho na área trabalhista, honrando, por tabela, a tradição do partido a que está filiado, o PDT fundado pelo avô famoso.
Mas bastou a notícia se confirmar para que o nome Brizola novamente despertasse a ira de tantos quantos dignos representantes dessa imprensa que trabalha noite e dia para derrubar o governo petista legitimamente eleito por ampla maioria da população - e que andavam mais calmos desde que Lula cedeu lugar ao seu "poste".
De uma hora para outra, aqueles que andavam elogiando o governo, sempre com ressalvas, é claro, soltaram o verbo contra a escolha, como se, a partir dela, toda a governabilidade tão arduamente construída pelos partidos que sustentam o governo fosse desmoronar.
É como se Brizola Neto encampasse, por causa do nome, tudo o que seu avô representava contra os interesses da burguesia nacional, essa porção udenista da sociedade brasileira que odeia pobres e pretos, não tolera minorias, só pensa em erguer muros mais altos para separá-los do resto desse Brasil miscigenado, vive apenas em função dos desejos de seus ícones de cabelos loiros e olhos azuis e age como um macaquinho domesticado que imita os gestos de seu dono.
Como essa gente é fraca!
Como é que eles podem ter a pretensão de voltar a mandar no Brasil se ainda não conseguiram nem superar o medo desse nome que transformaram num fantasma aterrorizador?
Ah, por que a presidente Dilma foi escolher logo alguém com o sobrenome Brizola para o seu governo?
Era o que faltava, devem pensar, para que este país se transforme numa república sindicalista, ou, pior, numa verdadeira democracia, onde todos têm oportunidades iguais, não importa o nome que carreguem.
Motta, a Eliane Catanhede teve a capacidade de, em um artigo repleto de ódio e preconceitos, chamar o Brizola Neto de "Leonel Brizola Neto". É tão desinformada e preguiçosa que não sabia, nem procurou saber, que o deputado e agora ministro chama-se Carlos Daudt Brizola. Abraços. (LAP)
ResponderExcluirFilme do ano:
ResponderExcluir"Brizola: O retorno"
O PIG não vai mais dormir...
Brizola...!
ResponderExcluirSocooooorrrrrooooo!
Chamem a Regina Duarte.
Eu estou com meeedddoooo!!!
BRAVO!!! BRAVO!!!!
ResponderExcluirparabéns pela correta leitura e reflexão da realidade!
nosso país - parece! - caminha no rumo certo para a grande integração nacional;
contudo, temos o PiG e os gangsters pela frente (e pelos lados também!!), mas a luta é boa e o motivo melhor ainda!!!
sds,
Márccio Campos
rio de janeiro