domingo, 26 de fevereiro de 2012

Guerras e mais guerras


Ainda há alguma esperança para a raça humana, mas não há dúvida de que os homens estão fazendo o que podem para pôr fim aos seus dias neste minúsculo planeta. Está lá no site da Deutsch Welle, o serviço de informação da Alemanha: especialistas em pesquisa de conflitos fizeram um balanço dos conflitos mais violentos no mundo, com um resultado alarmante: no espaço de um ano, o número de guerras mais que triplicou.
Segundo informou Natalie Hoffmann, do Instituto de Pesquisa Internacional de Conflitos de Heidelberg (HIIK, na sigla em alemão), é impossível detectar uma tendência em direção a um mundo mais pacífico.
Em vez disso, os números do ano passado mostram justamente o oposto: foram os mais altos desde 1945. Os pesquisadores detectaram 20 guerras e 166 "conflitos desenvolvidos de forma violenta" no mundo. Além disso, o instituto alemão projeta um acréscimo nos próximos meses. Em 2010, haviam sido registradas seis guerras e 161 conflitos violentos.
Desde 1991, o HIIK divulga o "barômetro mundial de conflitos", com o fim de fornecer uma noção total das crises, conflitos e guerras em curso. Entre as hostilidades que resultaram em guerra, no ano passado, os pesquisadores incluem a situação no Iêmen, Líbia e na Síria.
Seguem classificados como "guerra", as ofensivas das Forças Armadas paquistanesas contra os talibãs, os embates entre o governo afegão e os talibãs e a violência no Iraque. Em todos esses casos, houve milhares de vítimas fatais. O instituto também considerou como guerra a luta entre o governo do México e os cartéis das drogas. Tratam-se, em sua maioria, de conflitos internos, cujos principais palcos são o Oriente Médio e a África, observou o presidente do HIIK, Christoph Trinn. Ele acrescentou que sua equipe verifica "um grande potencial para uma escalada" na violência.
Três novas guerras relacionadas com a chamada "Primavera Árabe" se estabeleceram rapidamente em 2011: no Iêmen, na Síria e na Líbia. Houve ainda um acirramento dos conflitos já existentes na Nigéria e no Sudão. Segundo a estimativa do instituto alemão, o maior celeiro de violência na Europa é a região do Cáucaso. Lá, foram detectados 19 conflitos e uma "guerra delimitada". Como único conflito binacional do continente, registrou-se o que se desenrola entre a Armênia e o Azerbaijão.
Em meio a tudo isso, há as notícias alarmantes de que Israel está prestes a promover um ataque contra o Irã, o que poderia elevar de forma imprevisivel  a temperatura naquela região problemática.
E ainda há quem critique o governo brasileiro por manter, há anos, a posição de que a única forma de resolver os conflitos é a negociação.
Nestes tempos em que as potências sofrem as consequências de uma profunda crise econômica, em que o radicalismo religioso ganha corpo e, sobretudo, em que as principais lideranças titubeiam em dar uma resposta efetiva aos graves problemas que se abatem sobre o mundo, é ótimo saber que ainda existem vozes, como a do Brasil, que apelam para a razão.

Um comentário:

  1. É o apetite eterno de guerra americana. Agora eles querem chegar até o Irâ. Como em todas as guerras a gente sabe como começa, mas não sabe como termina. Quanto a nós pobres mortais resta-nos rezar para que isso não aconteça.

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