sábado, 24 de dezembro de 2011

Preocupação e otimismo

                                                                               Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr

O pronunciamento de fim de ano da presidente Dilma Rousseff mostrou as linhas gerais de uma administração que ainda busca uma marca, que oscila entre o aprofundamento dos programas sociais e o combate pontual à crise econômica global.
Se por um lado o governo Dilma não decepcionou na condução da economia, por outro se mostrou extremamente tímido em algumas questões vitais para o aperfeiçoamento da jovem democracia brasileira, como por exemplo na área da comunicação, na qual se mostrou refém do oligopólio que controla a informação no país.
O fato de ter trocado meia dúzia de ministros por pressão da mídia revela uma fraqueza inédita na história recente do país. O fato de continuar abastecendo com generosas verbas essas empresas que o fustigam diariamente demonstra que seus estrategistas sofrem de alguma patologia que necessita tratamento urgente.
De qualquer modo, ainda resta tempo para que este governo faça o que o anterior não teve coragem de fazer: regulamentar os meios de comunicação e deixar que os jornalistas criem um conselho nacional, a exemplo de dezenas de outras profissões, a fim de que os abusos que são praticados hoje, impunemente, pela "grande" imprensa, tenham fim, e esse setor de atividade ultrapasse o estágio pré-capitalista em que encontra e ingresse, com muitas décadas de atraso, na idade moderna, na qual todos, sem exceção, se submetem às leis e regulamentos que regem as sociedades.
Nos seus dez minutos em cadeia nacional de rádio e de televisão, ontem, Dilma passou uma mensagem de otimismo para 2012 aos brasileiros. De acordo com ela, o país está se preparando, tomando medidas para enfrentar as adversidades, caso haja no cenário internacional uma piora da situação econômica. "Vamos enfrentar todos os desafios para que uma possível piora no cenário mundial não nos traga maiores problemas", disse.
 Dilma lembrou que o ano de 2011 foi de grande prova, mas que 2012 deverá marcar a consolidação do modelo de desenvolvimento brasileiro. A presidente ressaltou as ofertas de crédito e a redução de impostos como fatores importantes para o desenvolvimento da economia. "Com menos impostos a economia vai crescer mais", destacou. "Vamos começar 2012 com menos tributos para mais de 5 milhões de pequenas empresas no Simples [programa que unifica a arrecadação dos tributos e contribuições devidos pelas micros e pequenas empresas brasileiras]", disse a presidenta, acrescentando que “esses pequenos empreendedores também vão ter mais crédito". "O governo acaba de reduzir o IPI [Imposto sobre Produtos Industrializados] de massas, farinhas e pão, o mesmo para o fogão e a geladeira", ressaltou.
A presidente Dilma disse ainda que o governo deverá continuar investindo nas políticas sociais e de distribuição de renda e citou os Programa Minha Casa, Minha Vida e Brasil sem Miséria como políticas que devem ser ampliadas. "Uma coisa especial aumenta minha alegria. O governo vai ampliar políticas de apoio aos mais necessitados", disse. “O Brasil sem Miséria vai se consolidar em 2012. Localizamos 407 mil famílias extremamente pobres que não tinham sido beneficiadas", destacou.
A presidenta disse que terá uma luta incessante contra qualquer tipo de desvio e malfeito. “Vamos continuar reforçando valores éticos e morais, transformando o presente e construindo um belo futuro para nossos filhos e netos." (Com informações da Agência Brasil)

2 comentários:

  1. Passei apenas para desejar: FELIZ NATAL PARA VOCÊ, FAMILIARES E SEUS LEITORES.

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  2. Muito obrigado, Antonio Carlos. Retribuo, de coração, os votos. Grande abraço,
    Motta

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