O livro de Amaury Ribeiro Jr. domina os comentários políticos do país, do mesmo modo que as tentativas patéticas de vários jornalistas de desqualificar o autor, as provas dos crimes que apresenta em sua obra e, por consequência, as próprias denúncias.
Mas, queiram ou não tucanos e assemelhados, os oposicionistas que integram o Parlamento ou que militam na "grande" imprensa, o estrago já foi feito.
Não que ache que o nosso Ministério Público, ou o Congresso, ou quem quer que seja, vá mover uma palha para aprofundar tudo o que o "Privataria" estampa de maneira clara e inequívoca.
No Brasil, as elites ainda têm um poder enorme, são capazes de abafar qualquer escândalo. O capital está em suas mãos - e ele compra o que quiser, consciências incluídas no pacote.
O problema todo da patota que protagoniza o "Privataria" é que, de agora em diante, o esquema sofisticado, as idas e vindas do dinheiro da corrupção, os caminhos tortuosos das falcatruas, são públicos, estão à disposição de quem quiser ficar por dentro de como se rouba neste país.
É só gastar uns R$ 30, comprar o livro e se deleitar...
E não vai adiantar nada os jornalões continuarem dando uma de paranoicos, fingindo que nada está acontecendo com seus amigos do peito.
José Serra e sua turma, aquela tucanada que se refestelou nos anos dourados em que puseram o Brasil em liquidação, nunca mais terão a vida fácil que desfrutaram até hoje.
O grande mérito do livro é justamente esse: mostrar que o rei está nu, que não adianta mais a imprensa, as autoridades, os políticos, os empresários, toda essa gente que vive imersa na corrupção e na hipocrisia, achar que pode continuar a se passar por mocinhos, a dar lições de moral e bons costumes para quem quer que seja.
De um modo ou de outro, este será um país diferente a partir de agora.
O livro não só mostrou que o rei está nu como também escancarou que o distinto, qual pavão, traz consigo um espanador na bunda.
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