O ex-presidente Lula, assim que soube do resultado, mostrou indignação e telefonou para o pessoal do governo, onde tem ainda uma certa influência, pedindo que eles vissem os números direitinho, pois havia alguma coisa errada neles. Na sua percepção, o IDH contrariava todas as pesquisas oficiais que mostram a evolução dos índices sociais no Brasil.
E não é que Lula estava certo? Quando foram ver, descobriram que este último relatório do IDH, pelo menos no caso do Brasil, foi feito com base em números de 2005, quando importantes programas sociais, como por exemplo o Bolsa Família e o Luz para Todos, ainda engatinhavam. Dessa maneira, nada mais natural que o estudo mostrasse o país estagnado.
Não fosse a negligência de um organismo importante como o PNUD, volta e meia surgem na imprensa informações um tanto suspeitas sobre o Brasil. Às vezes elas têm algum fundamento, outras, são apenas fruto de um ressentimento pelo fato de o país estar rompendo com velocidade surpreendente a barreira dos ditos emergentes, transformando-se numa potência econômica e cultural.
Para os mantenedores da velha ordem, isso é um problemão. Na Europa, políticos conservadores torceram o nariz para a oferta brasileira de ajuda financeira para ajudar a tirar a Zona do Euro da crise.
O fato é que, queiram ou não os quintas-colunas, os derrotistas, essa turma toda do contra, esse pessoal que adora puxar o saco dos americanos, que consome o lixo da indústria do entretenimento que eles mandam para cá, o Brasil de hoje é muito melhor que aquele do tempo em que esse pessoal estava no poder.
Deve doer para eles saber que perderam o bonde da história, deixaram passar a oportunidade de transformar a nação, de deixá-la mais forte e respeitada. Por isso serão lembrados pelo que realmente foram, uma geração de neoliberais medíocres - e não pelo que pretenderam ser.
Assim, quando qualquer notícia, seja lá de onde for, estiver esculachando o Brasil, tome cuidado, dê o devido desconto, pense e reflita bem sobre o que leu ou ouviu: a informação pode não ser bem aquela, na melhor da hipóteses. É que esse pessoal pode estar fora do governo, mas ainda controla os meios de comunicação.
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