sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Armas da paz


O Ministério das Relações Exteriores confirmou que, depois da aprovação pelo Congresso, o governo brasileiro prepara o envio de um navio da Marinha para reforçar a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil). O navio deve seguir para o Líbano já no dia 4 de outubro. A embarcação integrará uma frota formada por três navios da Alemanha, dois de Bangladesh, um da Grécia, um da Indonésia e um da Turquia. A esquadra faz parte das missões de paz da ONU.
Cerca de 300 brasileiros integram essa missão. Para o Brasil, a iniciativa faz parte do compromisso de promoção da paz no Oriente Médio, segundo mensagem enviada pela presidenta Dilma Rousseff e os ministros da Defesa, Celso Amorim, e das Relações Exteriores, Antonio Patriota. A Unifil conta atualmente com 11.746 militares, 351 funcionários civis internacionais e 656 nacionais.
Desde fevereiro deste ano, os brasileiros integram essas forças de paz com oito militares – quatro oficiais e quatro praças. Há sete meses, o contra-almirante Luiz Henrique Caroli está no comando da Força-Tarefa Marítima da unidade da Unifil (formada por 800 militares). Em 1978, a Unifil foi criada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas com o mandato inicial destinado a supervisionar a retirada das tropas israelenses do território do Líbano. Após a crise de 2006, o conselho reforçou a missão, ao acrescentar o monitoramento dos esforços para o fim de hostilidades entre as partes envolvidas. A Unifil também deve garantir o acesso da ajuda humanitária à população.
Paralelamente, foi criada a Força-Tarefa Marítima como parte da missão que se destina a monitorar o tráfego na região da costa libanesa para fiscalizar o cumprimento do embargo de armas aplicado ao Líbano, assim como treinar os militares da Marinha.
Simultaneamente à enviada dos marinheiros brasileiro ao Líbano, o ministro Celso Amorim defende a retirada gradual dos militares estrangeiros do Haiti, que pertencem às forças de paz da ONU. Segundo ele, a retirada faz parte dos planos das Nações Unidas para que o governo haitiano possa assumir o comando do seu sistema de segurança. Cerca de 1,6 mil militares estrangeiros devem deixar o país até março de 2012.
Há muitos que acham que o Brasil não deveria participar dessas missões militares. Alegam que as Forças Armadas vivem situação de penúria, são mal treinadas e não estão preparadas para esse tipo de trabalho. Ao contrário dessas alegações, integrar essas forças da ONU resgata a auto-estima do militar brasileiro, ajuda financeiramente quem dela participa, e é importante para elevar o seu padrão profissional, pois os meses fora do país são vividos em situações reais de conflito, armado ou não, algo que não se aprende apenas no cotidiano da caserna.
Além disso, esse tipo de ação ajuda a colocar o Brasil no seu devido lugar entre as nações, não só mostrando a sua preocupação com o destino dos outros países, mas os ajudando efetivamente a superar suas dificuldades.
É o internacionalismo em plena ação, algo que só os grandes são capazes de praticar. (Informações da Agência Brasil)

Um comentário:

  1. Prezado,

    A UNIFIL em algum momento permanecera em territorio israelense ou aguas territoriais israelenses?
    Nao permitira o voo de avioes militares israelenses sobre o territorio libanes?
    A UNIFIL impedira a concentracao de armas de Israel na fronteira com o Libano ou apenas as do Hezbullah dentro do territorio libanes? (lembre que o governo libanes ja declarou que o Hezbullah eh legitimo defensor de seu territorio).
    A UNIFIL esta a servico dos USA e ISRAEL.......o resto eh hipocrisia

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