terça-feira, 26 de julho de 2011
Sempre eles...
Já se sabe que o maluco que assassinou quase uma centena de pessoas na Noruega é um extremista de direita, com todas as conotações deletérias que isso implica: racismo, violência, intolerância, fanatismo religioso, e por aí vai, numa extensa lista dos mais abjetos sentimentos que o ser humano pode ocultar.
Nos Estados Unidos, outra turma de radicais de direita, os tais do Partido Republicano, simplesmente ameaça toda a ordem econômica mundial, aproveitando uma corrida contra o tempo para chantagear o governo em busca de mais e mais privilégios para os ricos, para os milionários.
Os dois casos explicitam o que muitos já sabem há tempos: em toda a história da humanidade não houve até hoje absolutamente nada de aproveitável para o bem-estar das pessoas que esses fanáticos do que se convencionou chamar de "livre iniciativa" tenham feito.
Nada, nadinha, zero.
Se o mundo caminhou para o que é hoje foi graças a pessoas que sonharam com uma sociedade mais solidária, mais justa, muitas vezes sofrendo o diabo para que suas ideias fossem aceitas e postas em prática.
Este planeta pode não ser o paraíso, mas está longe do inferno que muitos desejariam que fosse.
Aqui mesmo no Brasil a história se repetiu. A democracia foi conquistada graças a anos e anos de lutas - e de muitas porradas recebidas - dos comunistas, dos sindicalistas, dos petistas tão criticados hoje pelos jornalões - legítimos representantes e porta-vozes do reacionarismo mais tosco que existe.
E são eles, sempre com a ajuda de sabujos que se dizem parlamentares, que clamam por moralidade, por ética, por um Estado mínimo que possa lhes render máximas benesses.
Dá nojo ler notícias dando conta que fulano ou sicrano desta nossa oposição sem bandeiras, sem votos, sem escrúpulos, exija explicações dessa ou daquela autoridade a respeito de "denúncias" sobre isso ou aquilo, como se fossem os guardiões de uma castidade que nunca existiu no Estado brasileiro.
Justamente agora quando uma presidente começa a cortar a carne podre que habita o organismo administrativo...
Certas coisas têm de ser chamadas pelos seus nomes. Não dá para falar sobre elas usando figuras de linguagem. Como esses "neoliberais" fundamentalistas, que não passam de sanguessugas do trabalho alheio, meros exploradores da mais-valia, reles traficantes do suor humano, incapazes de qualquer gesto de solidariedade ou de afeição ou de compaixão pelos seus semelhantes.
Tal qual abutres, gastam a vida a sobrevoar a carniça, como espectadores da dor alheia, a mostrar a linhagem de homúnculos especializados em exercer o mais desprezível dos ofícios - o do usurário patológico, do agiota empedernido.
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Motta,
ResponderExcluirSou seu leitor assíduo, mas é a primeira vez que comento no Blog.
Esta crônica lavou a alma de pessoas que como eu ainda se sentem indignadas com a hipocrisia de algumas amebas que habitam a nossa oposição/ imprensa.
Olhe esta………………….
ResponderExcluirDiz o porta-voz da polícia norueguesa, Johan Fredriksen:
Os helicópteros da polícia são úteis para a observação, não para o transporte de grupos de polícias.
Dito de outra forma: os polícias tiveram tempo de enviar um helicóptero com máquina fotográfica (e, de facto, temos imagens do massacre), mas um atirador nem pensar.
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Parece a ‘pulyssa de sumpaulo’….
Prezado,
ResponderExcluirmanifestações como a sua é que lavam a alma da gente.
Abs.
Motta