segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
Café com a presidenta
Nos seus oito anos de governo, Lula procurou uma forma de se comunicar com as pessoas a mais direta possível, sem a intermediação dos famigerados "formadores de opinião pública". Um dos instrumentos que usou para isso foi a coluna semanal distribuída para um sem número de jornais de todo o país, em que respondia a perguntas feitas pela população, e o programa de rádio, também semanal, "Café com o Presidente".
Dilma não é Lula, mas nem por isso vai deixar de lado o que deu certo no governo de seu antecessor. Depois de um mês praticamente reclusa, tratando de se inteirar das funções de chefe do Executivo do país, ela começa agora a aparecer mais na mídia. O primeiro programa "Café com a Presidenta" foi levado hoje, segunda-feira, ao ar. E Dilma tratou de um assunto de interesse de muita gente, a distribuição gratuita de remédios para diabetes e hipertensão, lembrando que essas são duas das doenças que mais matam no Brasil e que vê o acesso aos tratamentos de saúde e a melhoria das condições de vida da população como parte para o combate à miséria.
Até como forma de deixar registrado o início de sua atuação como "comunicadora", vai abaixo a transcrição desse programa de estreia:
Apresentador: Oi gente, eu sou o Luciano Seixas e estamos hoje estreando o Café com a Presidenta, uma conversa semanal que teremos toda a segunda-feira com a presidenta Dilma Rousseff. Olá, presidenta. Bem vinda ao nosso Café.
Presidenta: Olá, Luciano, tudo bem?
Apresentador: Tudo.
Presidenta: É uma alegria, viu, Luciano, começar hoje o Café. Eu gosto muito de falar no rádio, porque ele chega aos lugares mais distantes. E as pessoas podem escutar os programas e continuar o que estão fazendo. Eu quero fazer deste Café um ponto de encontro entre mim e o povo brasileiro. Toda semana, Luciano, eu quero ter uma conversa com você e com os amigos e as amigas que estão me ouvindo, sobre o nosso país. Falar do que temos feito e falar também do que pretendemos fazer para melhorar a nossa vida e discutir os desafios que certamente vão aparecer.
Apresentador: Presidenta Dilma, a senhora anunciou essa semana a gratuidade dos medicamentos para hipertensão e diabetes. A notícia foi recebida com entusiasmo por muita gente porque esses medicamentos saem caro. Representam um sacrifício grande, não é?
Presidenta: É verdade. Nós sabemos, Luciano, que muitas pessoas morrem ou desistem do tratamento. E nem vão ao médico porque não têm dinheiro para comprar remédio. E as doenças, muitas vezes, são consequências de uma vida muito dura. É por isso que a partir de agora nós vamos distribuir de graça os remédios para as pessoas com hipertensão e para as pessoas com diabetes. Você sabe, os medicamentos são o item que mais pesa no bolso das famílias mais pobres. Uma parte bem maior da renda da população mais pobre é gasta com remédio, enquanto que para os ricos, essa despesa pesa bem menos. Por isso o meu compromisso com a erradicação da miséria passa pelo programa "Saúde Não Tem Preço".
Apresentador: E o bom é que qualquer pessoa vai poder receber esses remédios de graça, sem burocracia.
Presidenta: Exatamente, Luciano. Por exemplo, você que está nos ouvindo e precisa, poderá receber de graça o seu remédio para hipertensão ou para diabetes nas farmácias perto de sua casa que tenha uma plaquinha escrita "Aqui tem Farmácia Popular". Basta que tenha a receita de seu médico. O que nós queremos é que todas as pessoas que tenham diabetes ou tenham hipertensão façam o tratamento completo, sem parar. Por isso o remédio vai ser de graça. Nós vamos começar a distribuir os remédios de graça a partir do dia 14 de fevereiro, a próxima segunda-feira.
Apresentador: Presidenta, a gente sabe que várias outras doenças fazem parte do programa "Aqui tem Farmácia Popular". Porque, então, o remédio de graça para quem tem diabetes e hipertensão – a chamada pressão alta?
Presidenta: Ah! É porque essas são as doenças que atingem o maior número de brasileiros e brasileiras. Estão entre as que mais matam no Brasil. Quarenta milhões de pessoas no Brasil ou têm diabetes ou tem hipertensão, e algumas têm as duas doenças combinadas. Aliás, a hipertensão é a maior causa das mortes por derrame cerebral. E o pior: muita gente nem sabe que tem pressão alta ou diabetes. Agora, como sabemos que essas doenças são perfeitamente controláveis se forem tratadas, a minha preocupação é que as pessoas tenham acesso ao tratamento.
Apresentador: Então, ouvinte, você já sabe: a partir de segunda-feira que vem, dia 14, se você é portador de hipertensão ou diabetes, poderá pegar o medicamento nas farmácias credenciadas.
Presidenta: Isso mesmo. É só procurar uma farmácia ou drogaria que tenha a plaquinha "Aqui tem Farmácia Popular" e receber o seu remédio mediante a apresentação da sua receita médica e do comprovante da sua identidade.
Apresentador: Agora, além de diabetes e da hipertensão, permanecem os descontos para outros medicamentos, não é mesmo?
Presidenta: É claro, viu Luciano, que os descontos vão permanecer. Hoje mais de 1 milhão de pessoas recebem remédios com grandes descontos nas farmácias do programa "Aqui tem Farmácia Popular". São remédios para tratamento de asma, colesterol alto, rinite, Mal de Parkinson, osteoporose e glaucoma. Até é bom que se diga, nas farmácias "Aqui tem Farmácia Popular" também você tem acesso a fraldas geriátricas com grandes descontos.
Apresentador: Presidenta, obrigado por trazer ao nosso primeiro Café informações sobre a distribuição gratuita de remédios para hipertensão e diabetes, tão importante para a vida de milhões de brasileiros.
Presidenta: Olha, Luciano, eu estou muito feliz por conversar sobre isso aqui, com vocês, no Café com a Presidenta. Agora tem uma coisa, e eu quero dizer isso para o amigo e para a amiga que estão nos escutando. Eu não quero voltar aqui para dizer que aumentou o número de pacientes que compram remédios, porque o melhor é não ficar doente. O mais importante é você, amigo e amiga que me ouvem, cuidar da saúde, ter uma boa alimentação, fazer exercícios físicos. Quem usa esses medicamentos para diabetes e hipertensão sabe que a receita médica tem um prazo de validade. É importante voltar ao médico.
Apresentador: Obrigado, então, presidenta Dilma Rousseff, por essa primeira conversa, e até a próxima semana.
Presidenta: Olha, Luciano, obrigada você, e um abraço aos ouvintes que estão nos escutando.
Apresentador: Você pode acessar este programa na internet. O endereço é www.cafe.ebc.com.br. O Café com a Presidenta volta na próxima segunda-feira, até lá.
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