sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
O mundo ideal
A taxa de desemprego média no Brasil no ano passado foi de 6,7%, a menor da série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), iniciada em 2002. Segundo o órgão, o contingente de desocupados foi de 1,6 milhão de pessoas, em média, no ano passado. Em 2009, a taxa havia ficado em 8,1%.
As pessoas ocupadas (com emprego formal) somaram 22 milhões, 3,5% a mais do que em 2009. O número de pessoas com carteira assinada no setor privado também atingiu um recorde no ano passado. Foram 10,2 milhões de pessoas, em média, em 2010, ou seja 46,3% do total de pessoas ocupadas. Em 2009, a proporção era de 44,7%.
O rendimento médio real dos trabalhadores em 2010 foi o maior desde 2003: R$ 1.490,61. O ganho foi de 3,8% em relação a 2009 e de 19,0% em relação a 2003.
Levando em consideração apenas o mês de dezembro de 2010, a taxa de desemprego foi de 5,3%, com um contingente de desocupados de 1,3 milhão de pessoas. O rendimento médio foi de R$ 1.515,10.
Os números do IBGE são prova inconteste de que a política econômica do governo Lula foi um sucesso. Não há país no mundo que não queira chegar a níveis tão baixos de desemprego. E a taxa no Brasil poderia ser ainda menor se não fosse o fato de que muitas das vagas existentes não foram preenchidas por falta de qualificação dos candidatos, uma herança dos anos e anos em que a educação pública do Brasil esteve sucateada, jogada às traças, para dar lugar à proliferação das "UniEsquinas" da vida.
Apesar de tudo isso, ainda há gente, como o notório economista Luiz Carlos "no limite da irresponsabilidade" Mendonça de Barros, que acha que ostentar um nível tão baixo de desemprego é ruim. Na sua lógica perversa, expressa em entrevista ao jornal "Valor", o pleno emprego pode acabar pressionando a inflação.
Para ele - e há outros que pensam assim - o mundo perfeito seria aquele completamente despovoado, sem nenhum habitante. Dessa forma, a economia funcionaria maravilhosamente, sem pressões cambiais ou inflacionárias, déficits em conta corrente ou desequilíbrios de qualquer ordem.
E também, para alegria do imenso vazio que seria tal universo, sem nenhum economista.
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Olá agradável este blogue está muito estruturado.........bom trabalho :)
ResponderExcluirGostei muito faz mais posts assim !