sábado, 20 de novembro de 2010

A 9 km/hora

Tive de ir a um cartório. No máximo a uns 3 quilômetros de onde moro. Mas não dá para ir a pé: faltam calçadas no trajeto e o trânsito é complicadíssimo, daí o risco de ser atropelado é enorme. Demorei 20 minutos para chegar. Percorri o trecho, então, a 9 quilômetros por hora, um pouco mais rápido do que se andasse.
Li, há algum tempo, que a bicicleta é o meio de transporte mais veloz em São Paulo. Depois dela, são as próprias pernas que propiciam a locomoção mais rápida. O automóvel, como se vê, é uma tartaruga.
Ele se torna, porém, indispensável para quem trabalha na capital - os empregos, geralmente, ficam longe de onde as pessoas moram, e como o transporte de massa é inexistente, só sobra a condução individual, cara, poluidora, estressante.
As principais ruas e avenidas estão saturadas, a ponto de explodir de tanto carro. E não há solução à vista para esse problema, um dos principais da metrópole.
Haveria solução se os governantes resolvessem investir pesadamente na construção de quilômetros e quilômetros de metrô, mas o que se vê é justamente o contrário.
Desde que mudei, há dez anos, para o Caxingui, ouço falar que o metrô vai chegar no bairro. Até agora, nada. Dez anos!
Parece que Prefeitura e governo do Estado simplesmente desistiram de enfrentar o caos do trânsito paulistano.
Se existe uma outra palavra além de incompetência para definir a sua atuação, gostaria de saber qual é ela.
Na verdade, eu sei. Mas não posso escrevê-la aqui.

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