As campanhas eleitorais seriam um excelente pretexto para que tanto os candidatos quanto a imprensa e os eleitores discutissem os rumos do país. Isso porque existem diferenças profundas entre, por exemplo, o que quer para o Brasil um José Serra e uma Dilma Rousseff.
Infelizmente, não é isso o que ocorre este ano. Desesperada, sem rumo, na iminência de uma derrota fragorosa, a oposição tumultua todo o processo, e qualquer tentativa de levar ao eleitor algo que se aproveite é soterrada por um Himalaia de informações sem nenhuma importância. Sobra a baixaria pura e simples.
O eleitor, nesse torvelinho, assiste ao desenrolar da campanha como se estivesse numa sessão de cinema que exibisse um daqueles filmes americanos que têm como protagonista a violência - física e verbal. Nada se aproveita.
Notícias importantes são relegadas ao pé de página dos jornalões, quando muito. É preciso um olhar extremamente atento para se deparar com alguma, como a análise do economista-chefe do Centro de Políticas Sociais vinculado à Fundação Getulio Vargas (FGV), Marcelo Neri, que mostra que a escolaridade da população brasileira ainda mantém o país entre as dez nações mais desiguais do mundo.
Segundo o estudo, desde 1996 há redução do índice de Gini. O indicador, que mede a concentração de renda (quanto mais perto de 1, maior a desigualdade), caiu de 0,6068, naquele ano, para 0,5448, em 2009. Apesar da queda, porém, o índice brasileiro é superior ao de países como os Estados Unidos (em torno de 0,400) e Índia (0,300), e está próximo ao de nações mais pobres da América Latina e do Caribe e da África Subsaariana.
De acordo com Neri, para diminuir a desigualdade é preciso que a renda das classes mais baixas continue crescendo, que se mantenham programas sociais focados na população mais pobre, e, sobretudo, que o Estado amplie a oferta de educação de mais qualidade e as pessoas permaneçam na escola.
Para o gerente da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do IBGE, Cimar Azeredo, o Brasil tem “mazelas que não se desfazem de uma década para outra”. Ele citou a diferença entre a renda de homens e mulheres, brancos e negros. “O passivo é muito grande. Somos há muito tempo um país desigual.”
Já o estatístico e economista Jorge Abrahão de Castro, diretor de Estudos e Políticas Sociais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), confirma que o país ainda vive “as sequelas do passado” demonstradas, por exemplo, na última PNAD, que, além da desigualdade perene, indica que um em cada cinco brasileiros com 15 anos ou mais tem menos de quatro anos de estudo.
De acordo com a Pnad, o percentual de crianças e adolescentes de 6 a 14 anos na escola em 2009 era de 97,6%. Na avaliação dos especialistas, a permanência dessas crianças na escola resultará em melhoria de renda no futuro.
Para Marcelo Neri, da FGV, a chamada nova classe média brasileira, com mais de 95 milhões de pessoas, é formada por crianças e adolescentes que entraram e permaneceram na escola nos anos 90, quando houve universalização do acesso ao ensino.
Segundo o estudo, desde 1996 há redução do índice de Gini. O indicador, que mede a concentração de renda (quanto mais perto de 1, maior a desigualdade), caiu de 0,6068, naquele ano, para 0,5448, em 2009. Apesar da queda, porém, o índice brasileiro é superior ao de países como os Estados Unidos (em torno de 0,400) e Índia (0,300), e está próximo ao de nações mais pobres da América Latina e do Caribe e da África Subsaariana.
De acordo com Neri, para diminuir a desigualdade é preciso que a renda das classes mais baixas continue crescendo, que se mantenham programas sociais focados na população mais pobre, e, sobretudo, que o Estado amplie a oferta de educação de mais qualidade e as pessoas permaneçam na escola.
Para o gerente da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) do IBGE, Cimar Azeredo, o Brasil tem “mazelas que não se desfazem de uma década para outra”. Ele citou a diferença entre a renda de homens e mulheres, brancos e negros. “O passivo é muito grande. Somos há muito tempo um país desigual.”
Já o estatístico e economista Jorge Abrahão de Castro, diretor de Estudos e Políticas Sociais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), confirma que o país ainda vive “as sequelas do passado” demonstradas, por exemplo, na última PNAD, que, além da desigualdade perene, indica que um em cada cinco brasileiros com 15 anos ou mais tem menos de quatro anos de estudo.
De acordo com a Pnad, o percentual de crianças e adolescentes de 6 a 14 anos na escola em 2009 era de 97,6%. Na avaliação dos especialistas, a permanência dessas crianças na escola resultará em melhoria de renda no futuro.
Para Marcelo Neri, da FGV, a chamada nova classe média brasileira, com mais de 95 milhões de pessoas, é formada por crianças e adolescentes que entraram e permaneceram na escola nos anos 90, quando houve universalização do acesso ao ensino.
O eleitorado certamente gostaria de entrar nesse debate, se não diretamente, pelo menos por meio dos candidatos que concorrem à Presidência da República. (Com informações da Agência Brasil)
Nenhum comentário:
Postar um comentário