A única coisa boa que o governo Lula fez nessa área foi irrigar os jornais do interior com verba publicitária. Mesmo assim, continuou sendo extremamente generoso com seus inimigos - sim, inimigos, porque não dá para dizer outra coisa de quem trabalha, dia e noite, sem descanso, desde 2003 para defenestrar o ex-metalúrgico do Palácio do Planalto.
Estas eleições mostraram claramente que não dá mais para que o setor de comunicações continue do jeito que está, sem rédeas, sem freios, atuando como uma gigantesca máquina de propaganda, acabando com a vida dos desafetos, se movendo com incrível desembaraço acima das leis, ignorando sua função social, servindo apenas no interesse dessa oligarquia que se recusa a aceitar as mudanças no país.
Os jornalistas - se é que ainda existam alguns - também deveriam começar a se mexer, pressionando as autoridades, os partidos políticos, as lideranças sociais, para que elas saiam desse imobilismo e ajam no sentido de levar o setor de comunicações para a contemporaneidade, em todos os seus aspectos.
Se isso não ocorrer, vamos ficar sempre nos lamentando das manchetes mentirosas dos jornalões, da barbaridade que foi a edição do Jornal Nacional, das baixarias que a televisão nos mostra incansavelmente.
É preciso dar um basta em tudo isso.
Vejo que depois que receberam o Bolsa-Imprensa do Zépedágioserra o Datafraudegllobogolpe continuam fazendo parceria mostrando apenas o que interessa para seus negócios empresariais.Os polpudos contratos feitos com o tukano candidato deixou essa gente embevecida e para dar continuidade com esse outro tipo de bolsa-família que é o bolsa-imprensa tem que dar a contrapartida na veiculação das estranhas pesquisas.O grupo do PIG é canalha!!!
ResponderExcluirA imprensa majoritária, a do oligopólio, não disfarça sua ideologia neoliberal e de condenação a priori de qualquer ação oriunda de um governo popular, de ações que tragam ou proponham a distribuição justa das riquezas, ou bem estar para o conjunto da população.
ResponderExcluirAté um âncora do canal de televisão que ainda é o de maior audiência, também articulista e apresentador de programas de entrevistas e debates na TV a cabo, por sinal em programas cujos convidados são exclusivamente admiradores do governo anterior ou pontas de lança do neoliberalismo, várias vezes já fez no ar, em seus programas da TV por assinatura, perguntas do tipo “E se todos passarem a consumir, como será?”, ou referências semelhantes, com o semblante de preocupação, daquela preocupação dos se arvoram no direito do consumo apenas para alguns, bem ao gosto da direita excludente, daquela que em vez de se preocupar em distribuir consumo e bem estar para toda população, se preocupa se vai poder manter privilégios exclusivos injustificados.
Isto dentro de uma concessão pública dessas que meros concessionários se consideram proprietários por direito e de fato.
O padrão de nossa imprensa, é o de exigir concorrência para os outros, principalmente em setores sob administração do estado, mas nunca em seus quintais, nesse lugar não admitem presença de “estranhos”, o poder e a opinião a ser divulgada é a deles e ponto final, qualquer tentativa de democratização da informação, da exigência de divulgação da diversidade e do contraditório de opiniões é vista como um “atentado a liberdade da imprensa”.
O “atentado a liberdade de imprensa” já foi perpetrado e petrificado, por eles mesmos, a imprensa majoritária e oligopolista.
Por outro lado o governo neoliberal de São Paulo fez contratos de 5200 assinaturas, cada, da Veja, da Isto É, da Época da Folha e do Estado de SP, num claro movimento de atendimento ao interesse mútuo, político no caso do governo paulista, financeiro dessas empresas que o apoiam.
Mas não adianta apenas reclamar que a imprensa tem partido e age subliminarmente, repticiamente, ou com toda a virulência, parcialidade e falta de ética que julga necessário para eleger o candidato da direita excludente, seu próprio candidato não explicitado, isso já era esperado, tratando-se de quem se trata.
Ocorre que já passou da hora de uma reformulação total do setor das comunicações, da implantação de um novo marco regulatório que ponha termo aos absurdos reinantes.
Nenhum país democrático e civilizado pode-se se dar ao desplante de permitir a concentração de poder e o oligopólio da informação existente no Brasil.
Na Europa ocidental, nos EUA e em vários países da América Latina não é permitido esse festival de propriedades cruzadas, onde um mesmo grupo detém dezenas e dezenas de veículos diferentes, rádios AM e FM, jornais, revistas, TVs abertas e por assinatura, internet, etc. com o agravante de que vários desses tipos de comunicação são concessões públicas, muitas recebidas imoralmente a troco de apoio político escuso, e todas elas sem licitação.