Com o fim da Copa do Mundo da África do Sul, as atenções se voltam agora para a Copa de 2014 no Brasil. As discussões sobre os benefícios que o mundial poderá trazer ou não ao país serão infindáveis. Até a escolha do logotipo já virou tema de debate...
A Agência Brasil editou interessante material sobre a Copa da África. Segundo a reportagem, a melhoria do transporte foi o maior legado do evento para o país:
"Em Joanesburgo, principal cidade-sede do Mundial, os habitantes já comentam as mudanças. Apesar de ainda sofrerem com os congestionamentos diários e a ineficiência do transporte público dominado por vans, eles comemoram a construção de obras para o torneio.
“Vou gastar três vezes menos tempo até a minha casa”, disse Amelie Sadone, passageira do trem que liga o centro de Joanesburgo ao Aeroporto Internacional OR Tambo.
Aberto ao público três dias antes do primeiro jogo da Copa, o trem percorre 35 quilômetros em 15 minutos. Promete também ser a forma mais confortável e moderna para os que chegam a Joanesburgo ou deixam a cidade pelo seu maior aeroporto.
Para os que pretendem se locomover dentro da cidade, a criação de linhas de ônibus que circulam em faixas exclusivas de avenidas é a obra considerada mais benéfica. Os veículos chamados de Rea Vaya conectam bairros da periferia, como o Soweto, com os principais locais onde foram realizados jogos da Copa.
Agora, depois do Mundial, serão os responsáveis por levar os moradores de regiões mais distantes ao centro de Joanesburgo e farão isso cobrando menos do que as vans. Uma viagem de Soweto até o centro pelo Rea Vaya custa 6 rands (R$ 1,40), enquanto a mesma viagem de van custa 7,50 rands (R$ 1,75)."
"Em Joanesburgo, principal cidade-sede do Mundial, os habitantes já comentam as mudanças. Apesar de ainda sofrerem com os congestionamentos diários e a ineficiência do transporte público dominado por vans, eles comemoram a construção de obras para o torneio.
“Vou gastar três vezes menos tempo até a minha casa”, disse Amelie Sadone, passageira do trem que liga o centro de Joanesburgo ao Aeroporto Internacional OR Tambo.
Aberto ao público três dias antes do primeiro jogo da Copa, o trem percorre 35 quilômetros em 15 minutos. Promete também ser a forma mais confortável e moderna para os que chegam a Joanesburgo ou deixam a cidade pelo seu maior aeroporto.
Para os que pretendem se locomover dentro da cidade, a criação de linhas de ônibus que circulam em faixas exclusivas de avenidas é a obra considerada mais benéfica. Os veículos chamados de Rea Vaya conectam bairros da periferia, como o Soweto, com os principais locais onde foram realizados jogos da Copa.
Agora, depois do Mundial, serão os responsáveis por levar os moradores de regiões mais distantes ao centro de Joanesburgo e farão isso cobrando menos do que as vans. Uma viagem de Soweto até o centro pelo Rea Vaya custa 6 rands (R$ 1,40), enquanto a mesma viagem de van custa 7,50 rands (R$ 1,75)."
Os efeitos sobre a economia do país, porém, são limitados, dizem especialistas:
"Segundo o professor e membro do Conselho de Pesquisas de Ciências Humanas da África do Sul Udesh Pillay, a realização do Mundial deve contribuir com um aumento de, no máximo, 0,2% no Produto Interno Bruto (PIB) sul-africano. Coautor de um livro sobre os efeitos da Copa, ele chegou a prever um crescimento de 0,5% do PIB em 2010. Disse, entretanto, que essa estimativa não deve ser cumprida por dois motivos principais.
Segundo o professor, o primeiro é que um evento como a Copa do Mundo, em geral, não traz muitos benefícios ao país que o sedia no que se refere à geração de riquezas. Outra razão, de acordo com Pillay, é que a África do Sul não se planejou como deveria para tirar o melhor proveito do que o Mundial pôde oferecer ao país."
"Segundo o professor e membro do Conselho de Pesquisas de Ciências Humanas da África do Sul Udesh Pillay, a realização do Mundial deve contribuir com um aumento de, no máximo, 0,2% no Produto Interno Bruto (PIB) sul-africano. Coautor de um livro sobre os efeitos da Copa, ele chegou a prever um crescimento de 0,5% do PIB em 2010. Disse, entretanto, que essa estimativa não deve ser cumprida por dois motivos principais.
Segundo o professor, o primeiro é que um evento como a Copa do Mundo, em geral, não traz muitos benefícios ao país que o sedia no que se refere à geração de riquezas. Outra razão, de acordo com Pillay, é que a África do Sul não se planejou como deveria para tirar o melhor proveito do que o Mundial pôde oferecer ao país."
Um evento como a Copa do Mundo, com tantas exigências e de tanta complexidade, não deixa de ser um desafio para quem o organiza. Não pode, porém, ser encarado como atestado incontestável de competência - ou incompetência - de seu organizador.
Todos os países que já se encarregaram da tarefa continuaram suas vidas depois de terminada a competição - um espetáculo que pertence muito mais ao mundo do "show business" do que do esporte.
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