sábado, 24 de julho de 2010

Pesquisa é só pesquisa


Essa obsessão de parte dos eleitores pelas pesquisas é perfeitamente compreensível: cada lado quer ver o seu candidato bem na fita.
Isso ajuda no ânimo dos militantes, de todo mundo que está envolvido na campanha, cria um ambiente favorável, pode até influenciar um ou outro a votar em quem está na frente.
E só.
Tanto faz o Vox Populi dar Dilma na frente, ou o Datafolha dar o Serra se segurando no tal "empate técnico".
O que decide uma eleição não é o resultado da pesquisa. Ela serve para apontar uma tendência, mostra, como gostam de dizer os políticos e "analistas", uma "fotografia" do momento.
E só.
O que decide uma eleição a favor de um candidato ou de outro é uma campanha bem feita, que use o tempo no rádio e na televisão de uma maneira que cative os eleitores, que os prenda alguns segundos com um jingle legal, com mensagens e propostas fáceis de entender, tudo isso combinado com uma agenda que privilegie o contato com as pessoas, no corpo-a-corpo, nos comícios, nas concentrações em sindicatos, grandes auditórios.
O que decide uma eleição presidencial é a percepção do povo de que um dos candidatos terá mais condições que o outro de proporcionar uma vida melhor, em todos os sentidos.
O resto, essa bobagem diária que os jornalões insistem em levar às primeiras páginas sobre Farcs, quebra de sigilo de um ou de outro, denúncias atrás de denúncias, não leva a nada: são notícias para deleite exclusivo de um público que já decidiu o seu voto.
Vai ganhar esta eleição o candidato que conseguir convencer o eleitor de que este país mudou nos últimos anos para melhor e será ele - e só ele - a pessoa capaz de dar continuidade a essas mudanças.
E parece que, quanto a isso, não há muitas dúvidas de quem é esse candidato.

4 comentários:

  1. Olha parceiro, a coisa não é tão simples assim não. Pesquisas são também "preparação pro golpe". Explico: Desde sempre, acho que a votação sem o "papelzinho do Brizola" permite uma grande fraude do momento da TOTALIZAÇÃO dos votos nos computadores do TSE e TREs. Pesquisa como as do DATAFALHA têm a função de simular intenções de votos que justifiquem a fraude. Especialmente se, às vésperas da votação os luminares do tal de INSTITUTO MILLENIUM disseminarem em todas as mídias (jornais, televisões e rádios) uma estória qualquer (não importa se absolutamente estapafúrdia) que ao denegrir a imagem da DILMA (um amante), do PT (um cheque do Frnandinho Beira-Mar na tesouraria da campanha) ou do LULA (um filho ilegítimo)possa servir de justificativaq pra reversão da imensa certeza da derrota dos DEMOS-TUCANOS. É preciso denunciar desde já essas armações das Zelites venais. Acho que essas denúncias devam ser feitas em fóruns internacioanais.

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  2. Olá, caro Motta. Boa tarde.

    Rebloguei seu excelente artigo do Com Texto Livre, do Cumpadi ZCarlos. Entretanto fiz um adendo, a título de comentário.

    Grande abraço!

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  3. Agradeço os comentários dos amigos. Minha crônica é apenas uma singela contribuição para este grande debate de ideias propiciado pela campanha eleitoral.
    Um grande abraço.

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  4. Caro Cumpadi Motta,

    Sua crônica é, sem dúvida, não uma singela contribuição, mas uma premente reflexão sobre uma campanha eleitoral. De fato, quem promove a eleição é o eleitor, o voto, a urna. O que eu quis dizer, com o meu singelo comentário, é que não devemos baixar a guarda (vide 2006). As elites dirigentes que dirigiram este país para o seu próprio umbigo ainda estã vivas e vociferando, babando por golpes midiáticos para voltarem ao poder.

    Grande abraço e parabéns pelo excelente blog! Achei bacana as imagens ilustrativas de cada postagem.

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