Geraldo, sobre os pedágios:
"O modelo é o modelo correto"
(Foto:ABr)
Uma notícia do jornal Bom Dia Bauru sobre a visita do candidato tucano ao governo do Estado de São Paulo, o ex-governador Geraldo Alckmin, à cidade, põe fim a qualquer dúvida sobre o que essa turma pensa sobre pedágios, privatização e coisas afins.
Eles têm isso entranhado no DNA, não vivem sem essa praga. São dependentes do pedágio...
Abaixo, a íntegra da notícia sobre o empolgante e carismático candidato, suas ideias (?), seu programa (?) de governo. Vale como documento histórico:
e evita comparação
Candidato a governador admite rever tarifas, mas nega revisão de contratos
Fernando Zanelato
Agência BOM DIA
O candidato do PSDB ao governo de São Paulo, Geraldo Alckmin, defendeu neste sábado, em Bauru, o modelo de concessão das rodovias paulistas e negou qualquer possibilidade de discutir os contratos com as concessionárias para reduzir o valor da tarifa dos pedágios.
Alckmin rejeitou ainda a possibilidade da discussão sobre as praças de cobranças nas estradas repetir o que aconteceu nas eleições de 2002 e 2006, quando o partido foi taxado de privatista pelo PT e perdeu a disputa presidencial.
Até este momento os pedágios dominaram a campanha eleitoral e viraram alvo de ataques de todos os candidatos contra o governo tucano.
Em 2006, Alckmin não conseguiu fugir do discurso da privatização, tentou se desvincular da venda de empresas públicas realizadas no governo Fernando Henrique Cardoso e acabou o segundo turno contra o presidente Lula com menos votos do que no primeiro.
“Essa história de pedágios vem desde o Maluf em 1998 e todos perderam a eleição [estadual] porque a população entende. São Paulo hoje tem uma grande infraestrutura, Rodoanel, as melhores estradas do Brasil, derrubou [o número de] acidentes porque trouxe o setor privado para poder participar porque o governo não tem dinheiro para tudo. O modelo é o modelo correto”, afirmou.
O ex-governador também insistiu que os valores são corretos, mas acabou concordando por conta próprioa que há distorções. Nesses casos, diz ele, há possibilidade de rever as tarifas.
“Contrato precisa ser respeitado. A concessão foi feita, trouxe grandes investimentos. Se houver um caso ou outro que haja necessidade de analisar localização de praças, redução [de valor], isso nós vamos fazer”, garantiu.
Educação
Alckmin também respondeu às críticas da candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, sobre São Paulo ter dois professores em sala de aula, mas enfrentar greves constantes no setor devido aos baixos salários.
“São Paulo deu resultado. Nós temos dois professores na alfabetização. Você dá mais atenção, reúne grupos menores”, disse.
Para ele, a meta de trabalho do PSDB é “valorizar o salário, a carreira, dar aumento que atinja também o aposentado e estimular o mérito, além de capacitação permanente dos professores.”
Saúde
Perguntado sobre os problemas na saúde estadual, o ex-governador paulista entre 2001 e 2006 minimizou as reclamações e fez propaganda dos 16 anos dos tucanos no poder.
“A saúde melhorou no Estado. Fizemos 29 hospitais novos desde o Mário Covas, o Serra [José Serra, candidato a presidente] está fazendo (sic) os AMEs (Ambulatório Médico de Especialidades), a rede Lucy Montoro”, afirmou.
Alckmin enfatizou a necessidade de ajudar as Santas Casas e criticou o governo federal por, segundo ele, ter diminuído o repasse para estados e municípios investirem no setor.
“Temos que ajudar as Santas Casas, procurar ser parceiro, investir no atendimento em leitos hospitalares. O governo federal está reduzindo os financiamentos. Ele participava com 65% do financiamento do SUS (Sistema Único de Saúde) e hoje são 48%. Quem está aguentando hoje são as prefeituras e os estados”, reclamou.
Habitação
Ele prometeu ainda criar o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento) da habitação. O projeto é buscar recursos no governo federal, através do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) para diminuir o déficit habitacional do Estado.
“São Paulo é o único Estado que investe 1% do ICMS na habitação, o que dá em torno de R$ 1 bilhão. Nós vamos usar esse dinheiro para cobrir o subsídio das famílias de menor renda e vamos fazer o Fundo Paulista de Habitação de Interesse Social e o Fundo Garantidor para buscar recursos no sistema financeiro de habitação, do FGTS, para fazer mais. Esse R$ 1 bilhão pode alavancar R$ 4 bilhões e a gente poder multiplicar por quatro o número de casas para a população.”
Copa 2014
Sobre a Copa do Mundo de 2014, Alckmin repetiu as palavras do governador Alberto Goldman (PSDB) de que o Estado não vai investir dinheiro público na construção de um novo estádio em São Paulo.
Goldman defende a realização dos jogos no Morumbi, mesmo que a arena do São Paulo não possa receber o jogo da abertura do Mundial.
“Eu dou todo o apoio para que São Paulo tenha a abertura da Copa e possa sediar muitos jogos. [O Piritubão, estádio que poderia ser construído na Capital] pode ser uma alternativa, mas nós só apoiamos com investimento na infraestrutura como metrô, trem, investimentos permanentes. Agora equipamentos, estádio, deve ser investimento privado.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário