A dupla formada pelo tira bom e o tira mau é deles. Quando é preciso arrancar a confissão de um suspeito, primeiro entra o tira mau para assustar o sujeito; depois, aparece o bom para completar o trabalho.
O caso do vice de Serra, o tal Índio da Costa, que anda falando demais sobre a principal adversária, a ex-ministra Dilma Rousseff, é exemplo típico da dupla tira bom/tira mau. Já foi usada em diversas outras ocasiões na política brasileira.
Desta vez funciona assim: o tal Índio morde, Serra vem depois e assopra; o tal Índio baixa o nível, atinge a oponente abaixo da linha da cintura, Serra vem e, com aquela voz soturna, cavernosa, estilo galã de cinema mexicano anos 50, põe as coisas no lugar e fica bonito na fita.
Claro que posso estar errado. O tal Índio pode estar agindo por conta própria, sem consultar os gurus da campanha tucano-pefelista. É uma hipótese a não ser descartada. Afinal, a imbecilidade humana não conhece limites.
E se esta suposição for a correta, a escolha do tal Índio para vice da chapa da oposição vai se configurar não só num tremendo erro, mas num pesadelo contínuo.
Afinal, como diz o ditado, "dize-me com quem andas e te direis quem és". Se for para dar crédito à filosofia popular, Serra está em grandes apuros: terá mais um esqueleto para esconder no seu armário, que já guarda figuras como FHC, José Roberto Arruda, Jorge Bornhausen, César Maia e outros da mesma categoria.
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