sábado, 26 de junho de 2010

Vice é vice

Algumas reações dos aliados do PFL/DEM à escolha do senador paranaense Álvaro Dias para ser vice na chapa de José Serra ("aliados", pelo que se nota no inconformismo dos "democratas", tem, neste caso, um significado completamente diferente):

César Maia (via twitter)
"O PT sacrifica seus interesses regionais a favor da candidatura nacional. O PSDB faz exatamente.....o contrário."
"Foi lançado ontem em SP o livro: "Estratégias de Como Perder uma Eleição". Editora Labirinto."
"Aliás o sotaque do senador Dias vai chegar muito bem ao nordeste......argh!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!"

Deputado Rodrigo Maia (filho de César), presidente nacional do DEM:
"Entendemos que, se não for o Aécio [Neves], o vice é nosso."
"O problema do Serra está no Sudeste e no Nordeste. Será que eles não entenderam isso?"

Deputado Ronaldo Caiado
"Se eles querem abrir mão, que abram no Paraná com o braço deles e não com o meu."
O Democratas não admite tal golpe. Conversei com o presidente Rodrigo Maia e o partido não abre mão da vice. Como vice-presidente do Democratas, apoio a decisão de Rodrigo Maia de não abrir mão da vice.”
“O Democratas soube da possível escolha pela imprensa. Não tiveram coragem de nos comunicar. Se na campanha nos tratam assim, imaginem se o PSDB ganhar a campanha?”
"Essa atitude do PSDB de nos tentar a vice de José Serra é desastrosa."

Nem é preciso mais. As frases acima expressam bem o que se passa no âmago da campanha presidencial oposicionista.
A escolha de Dias é o fundo do poço: ele tem votos apenas em seu Estado - e olhe lá. Os tucanos pretenderam apenas resolver um problema regional - o irmão de Dias ameaçava pular para o barco de Dilma.
De certa forma, não só a escolha, mas todo o seu processo, mostra como agem os tucanos e o próprio Serra - para ele, não tem a menor importância quem vai ser o seu companheiro de chapa.
Serra é autossuficiente, não precisa de vice, muito menos de aliados.

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