sábado, 12 de junho de 2010

Trégua

Uma seleção brasileira triste e sem craques estreia terça-feira na Copa do Mundo de futebol da África do Sul. O adversário do primeiro jogo, a misteriosa Coreia do Norte, causa menos preocupação do que o próprio time brasileiro. São poucos os analistas que veem alguma possibilidade de os asiáticos mostrarem algo mais que correria e determinação, mas ao mesmo tempo, eles têm sérias dúvidas sobre se essa turma de "coadjuvantes" formada por Dunga será capaz de superar rivais mais gabaritados que os coreanos.
Se o destino da seleção ainda é incerto, o mesmo não se pode dizer do sucesso desta Copa, que exibe ao mundo a nova face e as esperanças de um continente que até outro dia era visto apenas como uma imensa reserva de riquezas minerais e terreno infestado de mazelas sociais, econômicas, morais e sanitárias.
Neste mundo dirigido por cínicos das mais variadas cores e línguas, uma Copa do Mundo que exibe tantos sorrisos francos e os sons estridentes da alegria, mesmo que sob a égide do mais escancarado mercantilismo, faz bem para o coração mais empedernido.
É como uma trégua nesta luta sem fim por uma Terra melhor.
Não resolve problema nenhum, mas traz a todos momentos de pura emoção.

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