quarta-feira, 2 de junho de 2010

Conversa fiada

Hoje mesmo, no rádio, um jornalista especializado em economia insurgiu-se contra a declaração do presidente Lula defendendo a carga tributária brasileira. Segundo o comentarista, não importa quanto ele paga em imposto, mas sim o que recebe em troca. E isso, afirmou, é zero, nada.
Claro que o tal jornalista não está inscrito no Bolsa Família, não depende uma aposentadoria para viver, não tem seus filhos na escola pública, e está coberto por um caro plano de saúde. Como pertence à elite econômica do país, ignora totalmente os serviços públicos. Isso, porém, não é suficiente para que ele afirme que os impostos no Brasil não têm um retorno social.
Esse tipo de crítica à carga tributária, além de injusta, tem como base a mentira. O Estado brasileiro pode não ser um modelo de perfeição no que se refere ao bem-estar social de seus cidadãos, mas tem procurado, nos últimos anos pelo menos, cumprir com seus deveres constitucionais. Ignorar isso é prova de má-fé.
O fato é que essa discussão superficial sobre o modelo tributário do país vem sendo mantida principalmente pelo bloco tucano-pefelista, que defende o tal do "Estado mínimo", que deixa toda a rede de assistência social nas mãos dos empresários. É a receita certa para o desastre, como se viu em vários países pelo mundo todo.
Equilibrar a carga tributária, fazendo com que quem ganha mais pague mais impostos e quem ganha menos pague menos, é o desejo de todos.
O problema está em como se chegar a isso, já que, no Brasil, os ricos têm o poder do dinheiro para corromper instituições e pessoas - e dessa maneira, manter tudo como está, embora, da boca para fora, se mostrem críticos implacáveis do modelo atual.

Um comentário:

  1. Caro Motta

    Eu gostaria de pedir o seu apoio para a seguinte campanha: Força Fernandinho!

    O Brasil pode mais!
    http://setepalmos.wordpress.com/2010/06/03/campanha-forca-fernandinho/

    Saudações Fraternas

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