De modo ainda tímido, os jornalões noticiam a maneira áspera com que José Serra trata os repórteres que fazem a ele perguntas fora do script. Parece que alguns temas viraram tabu para o candidato. O fato, porém, não é nenhuma novidade para quem acompanha a trajetória política de Serra. Todos os jornalistas mais ou menos veteranos sabem que ele é daquelas pessoas que, por se julgar muito importantes, vão logo ligando para os donos dos jornais para mandar que o pobre repórter que ousou lhe fazer uma pergunta incômoda seja demitido.
Ele é assim mesmo, uma sujeito incapaz de conviver com as críticas, autoritário, que está pouco se lixando para o contraditório e que vê em todo jornalista - menos os que trabalham para ele - uma ameaça em potencial.
Já contei esse "causo" aqui, mas vale a pena repetir. Na campanha de 2002, não tinha dia em que o pessoal da Política do Estadão não chegasse à redação reclamando do Serra.
Lembro que certa vez o comentário era de que ele tinha pedido a cabeça do motorista do carro de uma emissora de rádio!
Por essas e por outras é que uma coisa fica martelando na cabeça da gente: se ele é assim agora, imagina como seria se ele ganhasse a eleição.
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