segunda-feira, 17 de maio de 2010

Da plateia para o palco

Escutei diplomatas de pijama se referindo à política externa do governo Lula como se fosse uma piada de português.
Imagino o que devem estar pensando agora, depois dos últimos acontecimentos em Teerã.
Li em alguns blogs comentários raivosos desqualificando o esforço brasileiro em tentar uma solução negociada para uma crise que as potências do mundo julgam ser muito séria.
Imagino que os autores dos comentários devem agora estar à procura de mais adjetivos para ornar seus irados substantivos.
O fato mais que inegável é que a diplomacia brasileira era uma antes e é outra depois de Lula e Celso Amorim.
Antes, era como um burocrata subserviente às ordens do chefe - no caso o governo americano. O país não tinha voz própria, fazia tudo o que era bom para os Estados Unidos, e ponto final.
Agora, é um ser que reflete sobre o mundo em que vive e, principalmente, que quer ter voz, quer ser um ator que signifique algo neste mundo.
É isso, deixou de ser plateia para ser protagonista.

Um comentário:

  1. Exatamente.

    O pior, é sentir a torcida que os tucanos nutriam pelo fracasso. Gostaria de deixar aqui dois links, este primeiro é de um boletim que recebo por e-mail, extremamente cômico:
    http://diariotucano.blogspot.com/2010/05/visita-de-lula-ira-nao-tera-resultados.html

    Eu ri muito ao ler isto quando do resultado positivo da ousadia de Lula!

    Escrevi o seguinte em meu blog, gostaria de tomar a liberdade de compartilhar contigo:

    http://setepalmos.wordpress.com/2010/05/17/mentirosos-megalonanicos/

    Saudações Fraternas

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