Uma das providências mais óbvias seria mudar o rumo da campanha de Serra, que se apresenta ao eleitorado como continuador da obra de Lula, embora todos saibam que ele é tudo, menos isso.
Mas como o ex-governador vai contar a verdade sobre o que pretende fazer se for eleito, sem perder mais votos? Como revelar ao eleitor que seu partido e seus aliados foram, sistematicamente, contra todas as medidas do governo Lula, o mais popular da história?
A verdade é que Serra está num beco sem saída. Sua candidatura vai se tornar cada vez mais inviável à medida em que a campanha eleitoral ganhar força, com o engajamento ainda maior de Lula e da máquina do PT em favor de Dilma.
O único trunfo dos tucanos é usar ainda mais a chamada grande imprensa a seu favor, tentar multiplicar seu poder de manipulação de fatos, como na campanha passada. Criar factóides, escândalos, disseminar mentiras, como a ficha falsa de Dilma na Folha, por exemplo.
O problema é que, cada vez mais, essas informações circulam apenas entre um público que já tem opinião formada sobre os candidatos: quem lê Veja, ou Folha, ou Estadão, ou O Globo, já vota em José Serra.
De qualquer forma, grandes emoções ainda estão por vir. A direita não vai entregar o jogo facilmente. Derrotá-la vai exigir muito esforço.
Nenhum comentário:
Postar um comentário