quarta-feira, 21 de abril de 2010

Por trás da máscara

Matéria do "Valor" assinada por Cesar Felício sobre a ida do candidato tucano à Presidência, José Serra, à federação das indústrias de Minas Gerais, é a peça mais reveladora produzida recentemente a respeito do que pensa o ex-governador paulista.
E é dinamite pura. Serra, talvez movido pela certeza de que a imprensa iria destacar apenas os pontos positivos de sua alocução, anunciou, candidamente, para a seleta platéia mineira que pretende rever os contratos feitos com o governo federal - a exemplo do que fez quando assumiu a prefeitura paulistana e o governo estadual.
Não se sabe o que os repórteres da Folha e do Estadão, que, assim como Felício, estiveram no evento, ouviram. Mas essa, a mais importante declaração feita em campanha pelo candidato, passou despercebida: rever os contratos significa, em português claro, rompê-los, não cumprir o que foi acordado, dar o calote.
Serra não explicou se pretende estender o calote a outras áreas, como os títulos da dívida interna e externa, por exemplo.
De qualquer forma, a maneira como trata uma questão tão séria como essa desse modo absolutamente descompromissado, como se estivesse revelando a mais trivial ação administrativa, mostra sua real personalidade, não essa disfarçada com os truques dos marqueteiros e por horas e horas de treinamento.
No mesmo evento, o candidato tucano deu mais pistas do que pretende fazer se chegar ao Palácio do Planalto:
- Cortar a "gordura" do quadro de servidores comissionados;
- Reformular a estratégia comercial;
- Romper com o Mercosul para fomentar as exportações;
- Redirecionar financiamentos do BNDES para atrair investimentos;
- Acelerar o licenciamento ambiental para investimentos em infraestrutura
Além disso, criticou o "empreguismo" do governo Lula e defendeu o fim da reeleição presidencial e mandato de cinco anos.
Por fim, pediu para o técnico da seleção brasileira de futebol convocar os jogadores Neymar e Paulo Henrique Ganso, do Santos.
E assim, aos poucos, Serra mostra quem é ao eleitorado.

2 comentários:

  1. É muito preocupante isto, não sou PeTista, nunca votei no Lula,
    Mas agorra acho que a Dilma esta certa, estão como BIRUTAS AO VENTO, sem rumo,
    Não sou rico mas minha vida melhorou demais com o governo Lula, não ganho bolsa familia nem nada.
    Estou médio, e qualquer mudança nas politicas do governo agorra vai ser muito ruim para mim e minha familia. Acho muito importante divulgar esta noticia.
    Obrigado

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  2. Essa é uma boa peça para mostrar as contradições de Sr. transformar, isso em peça de horário politico, pessoas lendo todos os dicursos que ele produzir nessa pré campanha, porque esse discurso foi para os empresários que se queixam da do tamanho do estado, vamos vê ele discursando para o povão. Será totalmente diferente, manter o bolsa familia, PROUNI e todos os beneficios sociais. Assim as condradições ficarão nitidas para os eleitores.

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