O quarteto formado por Tasso Jereissatti, Arthur Virgilio, Eduardo Azeredo e Heráclito Fortes encenou, da maneira irretocável, o papel que nos anos 30 e 40 a indústria cinematográfica americana destinava aos palhaços criados nos palcos dos teatros de vaudeville. A diferença da performance está no fato de que, naquele passado longínguo, os clowns não disfarçavam sua natureza - e o público ria sem constrangimento.
Já esse quarteto do espeto, que usou uma sessão da Comissão de Relações Exteriores para tentar achincalhar a diplomacia brasileira, representada no momento pelo chanceler Celso Amorim, faz graça do que é sério e dá risadas de valores - independência, altivez, sobriedade, responsabilidade - que deveriam, pelo cargo que ocupam, cultuar, pois são as vigas-mestras de uma nação que pretende ser forte.
Ninguém é obrigado a concordar com nada deste governo. Mas quando os membros desse quarteto de senadores da oposição partem para a fanfarronice, num debate que exige comedimento e bom-senso, eles insultam não apenas os cidadãos que acreditam no regime democrático, mas também desprezam a própria instituição da qual fazem parte.
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