Nos meus quase 40 anos de vida profissional cruzei com os mais variados tipos de pessoas. E nenhum deles causou em mim tanta aversão quanto aqueles que, exercendo algum poder, faziam questão de pisar nos subordinados.
Teve um sujeito que gritava com os contínuos da redação, dava ordens como se fosse o imperador de uma corte medieval.
Outro sentia prazer em apontar publicamente os erros dos chefiados, como se ele próprio não os cometesse com uma frequência maior que o normal.
Invariavelmente, tais tipos exibiam toda a sua empáfia quando lidavam com os chefiados e uma notável subserviência quando se reportavam aos superiores.
Um deles, cuja carreira descambou para a prática do mais sórdido jornalismo marrom, era chamado pelos acólitos de "senador" - e ele fazia questão de agir como tal, exibindo os piores traços que deram o sentido pejorativo ao cargo legislativo.
Outra coisa que unia essas pessoas era o fato de que, profissionalmente, elas eram, com muita boa vontade, medíocres. Não conheci um sequer que fosse competente ao ponto de justificar suas atitudes - se bem que ache elas não têm mesmo nenhuma justificativa.
O caso que marcará a vida profissional de Boris Casoy, portanto, não é único. O que o distinguiu dos outros que diariamente ocorrem nas redações é que, pela primeira vez, foi levado a público.
Felizmente, pela reação que se observou na internet, há muito mais gente que condena o preconceito do que aqueles que o praticam.
O veterano jornalista e seus esnobes coleguinhas estão, cada vez mais, isolados em seu clubinho particular.
Esperar o quê de uma emissora que tem o nome Bandeirantes em homenagem aos 'heróis'(!?) desbravadores paulistas que saqueavam aldeias e escravizavam índigenas? Estes mesmos bandeirantes que são os 'guias espirituais'(!?) dos quatrocentões paulistas e da direita conservadora paulista?
ResponderExcluirFiquemos esperando que Casoy seja demitido... Ele representa os setores mais retrógrados paulistas, penso que o governador Serra é fã número um dele. E se Tio Chico paga parte do polpudo salário de 'âncora' para Casoy (vocês não imaginam o festival de comerciais do governo que está acontecendo aqui em SP!)é fácil deduzirmos que não acontecerá nada com o porta voz da elite-não-sou- racista-minha-empregada-é-negra paulista.