O Serra não é candidato a presidente.
Mas nesta semana já foi ao programa do Ratinho, da Luciana Gimenez, do Flávio Cavalcanti, do Gugu, do Sílvio Santos, do Chacrinha, ao Esta Noite se Improvisa, ao Show do Dia 7, ao Viva o Gordo, e até ao Circo do Arrelia.
Em todos, disse alto e claro: "Não sou candidato a presidente."
Mas informou ao telespectador que foi ele que criou o Bolsa Família, os genéricos, a aposentadoria, o salário mínimo, o salário desemprego, o Hospital das Clínicas, o auxílio-funeral e o Minha Casa, Minha Vida. Também, modestamente, disse que é o pai do PAC. E que odeia o mosquito da dengue.
Em todos, repetiu várias vezes: "Não sou candidato a presidente."
Mas avisou que vai baixar os juros; acabar com o que resta da inflação; desvalorizar o real para que os exportadores possam exportar mais; valorizar o real para que os importadores possam importar mais; reduzir as emissões de gás carbônico para salvar o planeta; baixar os impostos para que o empresário possa aumentar a produção; elevar os impostos para que o Estado possa funcionar melhor; privatizar a Petrobras para que o petróleo não seja só do Brasil, mas de todo o mundo, especialmente das grandes petrolíferas; e construir mais 200 praças de pedágio para que as estradas sejam mais lisas que a sua careca e brilhem mais que a sua cara de pau.
O Serra não é candidato a presidente, mas se fosse, iria prometer que não faz promessas e que, por ter sido o melhor ministro da Saúde de todo o mundo, o melhor ministro do Planejamento de todas as eras, o melhor engenheiro não formado de toda a USP, o melhor economista sem diploma de todo o Brasil, o melhor prefeito que não terminou o mandato de toda a história de São Paulo e, ufa!, o melhor governador paulista em exercício, faria muito mais pelo Brasil do que esse analfabeto do Lula e sua curriola do PT, que nunca tiveram competência para nada - e só chegaram onde chegaram por pura sorte.
Ainda bem que o Serra não é candidato a presidente, porque se fosse, o mundo não ia ter a menor graça.
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