Foto: Wilson Dias/ABr
A biografia de personagens históricos já rendeu muitas produções cinematográficas. Poucas se elevaram à condição de arte. Mas pelo menos serviram para popularizar o homenageado - algumas vezes figuras importantes, porém desconhecidas da maioria do público.
Em janeiro será lançado o longa "Lula, o Filho do Brasil", dirigido por Fábio Barreto ("O Quatrilho", "O Rei do Rio", "Índia, a Filha do Sol", "Nossa Senhora de Caravaggio", "A Paixão de Jacobina", "Bela Donna") , com roteiro de Fernando Bonassi e Denise Paraná, autora do livro no qual o filme foi baseado.
O trailer já está na rede. Parece ser uma produção caprichada, na qual foram investidos cerca de R$ 12 milhões, padrão acima da média no Brasil.
Claro que haverá quem acusará o produtor Luiz Carlos Barreto, o Barretão, de oportunista, por ter se aproveitado da excepcional popularidade do presidente Lula para, quem sabe, emplacar um sucesso de bilheteria internacional.
Apesar de não ser fã de carteirinha do cinema nacional - acho que ele peca pela má direção de atores e roteiros sem profundidade - a transposição para a tela da vida de Lula pode resultar em algo benéfico - a troca do padrão Globo que infesta as produções por obras mais impregnadas da alma brasileira. Quem sabe até resgatando fatos relevantes da história.
O cinema americano, por exemplo, embora hoje esteja dominado por um exército de super-heróis com muito músculo e nenhum cérebro, e tenha se rendido à feitiçaria dos efeitos especiais, usou e abusou desse expediente. E assim levou a cultura do país para todo o mundo.
O Brasil, para espanto dessa gente que passa os seus dias a olhar embevecida para o hemisfério norte, é também um país que foi construído por uma legião de personagens extraordinárias, em todos os campos, das artes às ciências.
Como esse Lula que foi capaz de sobreviver a todos os infortúnios e construiu para si e para a nação uma trama que nem o mais genial romancista seria capaz de imaginar.
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