É evidente que Lula vai aproveitar toda a discussão que será feita, nos próximos meses, sobre o novo marco regulatório do setor petrolífero, para marcar suas diferenças da oposição tucano-pefelista. A cerimônia de lançamento das regras teve alto teor nacionalista.
A oposição, na campanha passada, acusou o golpe com facilidade. Dava pena, nos debates, ver o pobre Geraldo Alckmin, gaguejando, encurralado, sem conseguir se defender da pecha de entreguista, de privatista, de inimigo do Brasil.
Tudo indica que em 2010, o tom da campanha vai se repetir. De um lado estará o Brasil que arrumou suas contas, que superou rapidamente uma grave crise econômica mundial, que, de devedor do FMI se tornou credor, que diminui as desigualdades sociais, que dá emprego, aumenta a renda etc e etc. Do outro, provavelmente, estará José Serra e a lembrança dos tempos sombrios de FHC.
O pré-sal vai ajudar a acentuar esse discurso. Um bom exemplo do que tucanos e pefelistas terão de ouvir está nesse trecho do discurso de Lula na cerimônia:
"Chegaram a dizer que a Petrobras era um dinossauro a ser desmontado. Se não fosse a pressão popular o nome teria até mudado para Petrobrax. Sabe se lá o que esse 'x' queria dizer no pensamento de alguns exterminadores. Hoje nós vivemos quadro completamente diferente. Passamos a cuidar com muito carinho do nosso querido dinossauro. Deixamos claro que nossa política era fortalecer, e não debilitar a Petrobras. A Petrobras vive hoje um momento singular. É o orgulho do país é uma empresa com crédito de autoridades internacionais."
O nacionalismo, quando não exacerbado, traz à mente coisas boas, positivas, construtivas.
Vai ser difícil para o candidato oposicionista explicar para os eleitores porque ele é contra esse Brasil que vem dando certo.
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