terça-feira, 4 de agosto de 2009

O exercício da inutilidade

O que se viu ontem no plenário do Senado dá bem uma ideia do que é essa instituição.
De um lado, a oposição com seu discurso (falso) moralista, exigindo dos outros aquilo que nunca pratica. De outro, a chamada tropa de choque de José Sarney, ameaçando espalhar para os quatro ventos os podres de todo mundo.
A dura realidade mostra que, naquela casa, os poucos que fogem a esse padrão "sou, mas quem não é?" , infelizmente se calam neste momento.
Já que o Senado não consegue encontrar uma solução para os seus problemas, parece que chegou a hora de a sociedade brasileira discutir a necessidade de manter um órgão que serve apenas para beneficiar quem dele faz parte.
Ou alguém, pelo menos nos últimos tempos, ouviu falar de alguma proposta importante para o país que tenha nascido lá?
Alguém sabe dizer se da cabeça de um, digamos, Tasso Jereissati, ou de um Arthur Virgílio, ou um Demóstenes Torres, um Álvaro Dias, ou desse extraordinário personagem de ópera-bufa chamado Pedro Simon, saiu algo que apontasse novos rumos para esta jovem democracia que tem tudo para se firmar entre as mais poderosas do mundo?
Por que, em vez desse patético debate sobre quem é mais honesto ou menos honesto, o Senado não discute temas relevantes?
Estão aí as reformas tributária, política e previdenciária, apenas para começar, mofando nos gabinetes cheios de assessores de coisa nenhuma.
Esse inconformismo todo que alguns senadores demonstram é apenas um reles jogo de cena para enganar os trouxas que os elegeram.
A disputa política, nesse nível em que se encontra, não é capaz de produzir vencedores.

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