Preocupados em arranjar um escândalo por dia - vale desde a nova gripe até as desventuras da família Sarney - os jornalões praticamente esconderam a informação de que, em plena crise econômica mundial, cerca de 500 mil pessoas deixaram a condição de pobreza nas seis principais regiões metropolitanas ( Recife, Salvador, Belo Horizonte, do Rio de Janeiro, de São Paulo e Porto Alegre).
A conclusão é do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Segundo o seu presidente, Marcio Pochmann, “de 2002 para cá, temos 4 milhões de pessoas a menos vivendo em condições de pobreza no conjunto dessas seis regiões, e na comparação do período atual com o período anterior à crise, verificamos que 503 mil pessoas saíram da pobreza”.
Segundo Pochmann, que apresentou o estudo "Desigualdade e Pobreza no Brasil Metropolitano Durante a Crise Internacional: Primeiros Resultados", parte da redução se deve às políticas nacionais que visaram proteger a base da pirâmide social.
“Houve uma série de decisões que ajudaram a criar uma rede de proteção social àqueles segmentos mais vulneráveis da população brasileira, entre elas a elevação do salário mínimo e a ampliação do programa Bolsa Família, que impediram que o Brasil aumentasse a pobreza, como havíamos observado em outros momentos de crise.”
O estudo comparou o número de pobres entre outubro de 2007 e junho de 2008 com o do período entre outubro de 2008 e junho de 2009.
Como se vê, o tsunami não ocorreu, para desgraça da pequena parcela de brasileiros que não se conforma em ver este país crescer.
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