A atuação parlamentar dos dois senadores do PT paulista, Eduardo Suplicy e Aloizio Mercadante, ajuda a explicar grande parte do pífio desempenho regional do partido nesses últimos tempos.
Suplicy e Mercadante comportam-se como se fossem um barco à deriva, flutuando ao sabor das ondas - ou do vento, como queiram. Balançam conforme o que se convencionou chamar de "opinião pública" - ou, na verdade, a opinião de uma mídia reacionária, inimiga do partido que representam.
Se Suplicy e Mercadante parassem de ler a Folha, o Estadão e a Veja e deixassem de assistir aos programas "jornalísticos" da Globo já bastaria para que começassem a ver o Brasil com outros olhos.
Se fossem além e ouvissem a maioria de seus eleitores - não os que frequentam a padaria dos bairros chiques em que moram -, talvez estivessem prontos para se tornar, de fato, políticos comprometidos com a causa social - o mínimo que se exige das pessoas que escolheram um partido chamado "dos trabalhadores" para seguir carreira.
Suplicy, pelo menos, à parte os momentos em que se julga um popstar, com direito a constrangedoras performances como cantor, vai deixar como legado a interessante ideia do programa de renda mínima, cuja adoção se tornou uma obsessão para ele.
O que se pode dizer de Mercadante, porém?
Nos últimos tempos, parece ter escolhido o tema da camada do pré-sal e o trabalho da Petrobras como eixo de sua atuação parlamentar. Fora isso, é um líder de bancada cuja discrição contrasta com o barulho de uma oposição burra, mas ágil.
Mercadante, ao contrário, parece ser inteligente, mas lento.
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