O paulistano José Serra resolveu conhecer o Brasil - e mais especificamente, o Nordeste. Nos últimos tempos, Serra esteve no Ceará, na Bahia e em Pernambuco. Neste fim de semana vai a Maceió, a linda capital das Alagoas.
Em todos esses locais, o governador paulista tem repetido sua jura de amor ao Nordeste e ao povo nordestino. Não é sem razão que esse amor repentino aflorou: a região é, ao lado do Norte, onde ele exibe os índices mais anêmicos de preferência eleitoral na corrida à presidência da República.
E, como ele está cansado de saber, a eleição de 2010 será plebiscitária, por mais que alguns insistam em criar um "fato novo", como a entrada na disputa da senadora acreana Marina Silva - será o candidato (ou a candidata) de Lula contra o anti-Lula.
Entre os nortistas e nordestinos, Lula deve ter, no mínimo, 70% de aprovação. Uma transferência de 70% dos votos significa algo em torno de 50% da preferência dos eleitorado para o candidato apoiado pelo presidente. É um bom começo. Serra, o anti-Lula, o neo-nordestino, tem hoje, quando muito, metade disso. Está fraco, precisa melhorar.
Mas o problema de Serra não é só o Norte-Nordeste. Pesquisa feita no Rio Grande do Sul, um dos Estados onde Lula teve a pior votação nas duas últimas eleições, mostra empate entre o governador paulista e Dilma Rousseff. Consequência, sem dúvida, do desgoverno Yeda Crusius.
Pelo jeito, Serra, depois de se empanturrar de buchada de bode, terá de tomar muito chimarrão para facilitar a digestão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário