Enquanto o PT e tucanos se mostram indefinidos sobre quem lançar na disputa do governo do Estado de São Paulo para suceder José Serra, o PPS, aquela agremiação que se intitula sucessor do venerável Partidão, já resolveu o problema, como sempre da maneira mais pragmática possível. A candidata será Soninha Francine, ex-vereadora e subprefeita do bairro paulistano da Lapa.
O presidente do diretório municipal do partido, Carlos Fernandes, não se sabe se por ingenuidade ou excesso de transparência, revelou que Soninha sai candidata não para vencer a eleição, mas para ser um “segundo palanque” para Serra no seu esforço em se tornar presidente da República: “O PPS de São Paulo está com Serra. Entendemos que a candidatura da Soninha pode ajudar muito a candidatura presidencial como um segundo palanque de São Paulo em um segmento eleitoral que nenhum desses três partidos - PSDB, PMDB e Democratas (sic) - vão conseguir entrar nesse segmento da sociedade, de modernidade, de resgate, como palanque para o Serra.”
Nas eleições de 2008, Soninha disputou a Prefeitura de São Paulo. Ficou em quinto lugar no primeiro turno, com 4,19% dos votos. No segundo turno, o PPS apoiou a candidatura de Kassab. No fim do ano, terminou o seu mandato na Câmara. Com a posse de Kassab, ela foi convidada a assumir a subprefeitura.
E o que diz Soninha sobre a sua candidatura?
"Eu quero mesmo é ser prefeita, mas disse ao partido que topo participar da disputa do Executivo estadual porque é importante, porque por menor que sejam as minhas chances, tudo bem, surpresas acontecem e seria incrível, mas eu adorei participar do debate ano passado, terminei em 5º lugar. E mostrar uma visão de cidade, administração pública e de política. Eu quero entrar na discussão."
Então está explicado: o negócio de Soninha é "entrar na discussão".
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